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Governo pede mais prazo para enviar pedidos de créditos extras ao Congresso

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Roque de Sá/Agência Senado
Júlio Alexandre (E): medidas de compensação devem ser sinalizadas para que dívida não tenha trajetória explosiva

O secretário especial adjunto de Tesouro e Orçamento, Júlio Alexandre da Silva, pediu aos parlamentares da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que prorroguem novamente o prazo que o governo tem para enviar pedidos de créditos extras ao Orçamento de 2022 ao Congresso. O PLN 39/22 (aprovado na comissão, mas ainda em tramitação) já havia prorrogado a data de 15 de outubro para 30 de novembro.

O secretário argumentou que o governo terá dificuldade para remanejar recursos neste final de ano, diante da manutenção de um bloqueio de mais de R$ 15 bilhões para o cumprimento do teto de gastos do setor público.

Sobre a PEC da Transição (32/22), que retira a despesa com o Auxílio Brasil do teto de gastos anual, Júlio Alexandre disse que qualquer aumento de despesa fora do teto deveria ser acompanhado de medidas que sinalizem a redução da dívida pública. Ele disse que o governo atual deve fechar o mandato com 74,3% do PIB de dívida pública em comparação com o total de 75,3% em 2018.

Questionado sobre qual seria o total que deveria ficar fora do teto em 2023, o secretário respondeu que se trata de uma decisão política. “O governo eleito com os parlamentares vão chegar ao número numa equação política. O importante, olhando para a frente, é que algumas medidas de compensação também sejam sinalizadas para que a dívida não tenha uma trajetória explosiva”, ponderou.

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Cortes
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) disse que o governo atual reduziu a dívida, mas está tendo dificuldade para pagar despesas comuns de 2022 e deixou um Orçamento sem recursos para 2023.

Ela reclamou de um novo corte nas despesas das universidades feito nesta semana. “Todo país, para desenvolver ciência e tecnologia, agregar tecnologia na sua própria produção de conhecimento, precisa investir nas universidades e não sucatear. E nós já estávamos sofrendo com a ausência de recursos dos cortes anteriores”, lamentou.

Teto de gastos
Júlio Alexandre disse que o governo vai reavaliar receitas e despesas nos próximos dias para remanejar recursos e cobrir os gastos mais urgentes. Ele disse ainda que a CMO ajudou nessa atuação, aprovando o PLN 39/22.

Segundo o secretário, o teto de gastos tem um problema porque foi desenhado para limitar as despesas previstas para o ano, mas a execução não é exata e acaba gerando sobras de caixa em vários órgãos. “A gente vai ter o desafio de administrar esse bloqueio forte de recursos, mais de R$ 15 bilhões, numa dotação que não tem mais tanto espaço. A gente vai ter problemas em alguns órgãos, e esse PLN 39 vai nos ajudar a enfrentar e a remanejar recursos”, afirmou.

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Júlio Alexandre disse que a inflação de 2022 deve ficar em torno de 5,8% pelo IPCA, e a previsão utilizada para corrigir o teto de gastos foi de 7,2%. Portanto, o Congresso terá que decidir se já reduz o teto de 2023 em cerca de R$ 20 bilhões. Ele também disse que as receitas devem superar as previsões iniciais em 2022, mas lembrou que todo o excesso é usado para pagar a dívida pública conforme a regra do teto.

Sobre o Plano Plurianual 2020-2023, o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, disse que 57% dos indicadores apresentaram melhora em 2021. E 34% das metas não foram alcançadas principalmente pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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