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POLITÍCA NACIONAL

Comissão mista sobre migrações debate deslocamentos humanos forçados e mudanças climáticas

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Divulgação/ONU
Organização das Nações Unidas (ONU)
Agência da ONU elaborou guia sobre deslocamentos internos e mudanças do clima

A Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados promove nesta quinta-feira (8) uma audiência pública interativa para discutir os deslocamentos humanos forçados e mudanças climáticas. Na ocasião, será apresentado o “Guia Prático sobre Proteção de Deslocados Internos no Contexto de Desastres e Efeitos Adversos das Mudanças Climáticas”, desenvolvido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

O debate e a apresentação do guia atendem a requerimento da relatora da comissão, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). “Estima-se que em 2021 houve 23,7 milhões de deslocamentos internos no contexto de desastres e devido aos impactos das mudanças climáticas, com 5,9 milhões de pessoas deslocadas no final do ano, segundo o Centro de Monitoramento de Deslocamentos Internos (IDMC). Em paralelo à mobilidade humana para além das fronteiras em virtude de fatores ambientais, também há deslocamentos internos”, informa Mara Gabrilli.

A senadora destaca que essa realidade também reflete as dinâmicas regionais brasileiras, com históricos deslocamentos internos, principalmente de direção norte-sul, em virtude de fatores de atração e repulsão, como secas e catástrofes ambientais exacerbadas pela ação humana.

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“De acordo com Mara Gabrilli, o último relatório da Acnur, ‘Global Trends’ (junho/2021), já pontuava o nexo entre mudança climática e mobilidade humana é extremamente complexo. “O impacto das mudanças climáticas no deslocamento também não é um processo uniforme e inclui, entre seus fatores, eventos de início súbito, como tempestades, inundações e incêndios florestais; eventos de início lento, como secas, mudanças nos padrões de precipitação e salinização da elevação do nível do mar; e conflitos relacionados às mudanças climáticas”, detalha a senadora.

Convidados
Foram convidados para discutir o assunto:
– o representante do Acnur no Brasil, Oscar Sanchez Pineiro;
– a representante da Organização Internacional para as Migrações (OIM) Débora Castiglione;
– o coordenador do Fórum Nacional de Conselhos e Comitês Estaduais para
Refugiados, Apátridas e Migrantes, Thales Egídio Macedo Dantas;
– o diretor substituto de Planejamento Integrado e Ações Estratégicas do
Ministério do Desenvolvimento Regional, Fernando Araldi
– o editor chefe do site Migra Mundo, Rodrigo Borges Delfim; e
– o diretor de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério do
Desenvolvimento Regional, Carlos Cleber Sousa Soares.

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A audiência pública remota será realizada a partir das 10 horas. Os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania.

A comissão
A Comissão sobre Migrações fiscaliza e monitora movimentos migratórios nas fronteiras do Brasil e os direitos dos refugiados, e, no fim do ano, deve apresentar um relatório sobre as atividades desenvolvidas.

O colegiado é composto por 12 deputados e 12 senadores e tem como presidente o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE). O vice-presidente é o senador Paulo Paim (PT-RS).

Da Redação – MB

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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