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Conferência Nacional de Saúde vai priorizar o fortalecimento do SUS

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Faltando pouco menos de dois meses para a 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde, representantes do governo federal, de organismos internacionais e das secretarias estaduais de saúde foram chamados pelos integrantes da Comissão de Saúde da Câmara nesta terça-feira (9) para falar sobre o encontro e destacaram um objetivo: o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Realizadas há 81 anos no país, as conferências nacionais de saúde reúnem governo, sociedade civil e profissionais do setor para propor melhorias para a saúde pública. Desde 1990 esse encontro está previsto por lei (Lei 8.142/90) e, atualmente, acontece a cada quatro anos.

Depois de etapas municipais, entre novembro de 2022 e março deste ano, e de encontros estaduais, que terminam agora em maio, a próxima edição da conferência nacional está marcada para 2 a 5 de julho, aqui em Brasília. O slogan é: “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia. ”

Os convidados da audiência pública apontaram que é melhor fazer a gestão do sistema público de saúde com participação popular. A deputada Juliana Cardoso (PT-SP), autora do pedido para a realização do debate, enfatizou que a conferência nacional é uma oportunidade grande de debater as políticas públicas de saúde, e que as conferências regionais também são muito potentes.

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“É pulsante, as pessoas participam. Na minha opinião, é o que assegura o Sistema Único de Saúde. ”

Vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Lucilene Florêncio, secretária de saúde do Distrito Federal, lembra que a conferência acontece em um momento pós pandemia, no qual foi explicitada a grandeza numérica e imaterial do SUS.

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Audiência Pública para debater sobre a realização da 17ª Conferência Nacional de Saúde. Presidente - Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto.
Pigatto: “Quem garantiu vidas na pandemia foi o SUS”

SUS na pandemia
Presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), entidade que organiza a conferência, Fernando Pigatto salientou a definição de saúde não como ausência de doença, mas como garantia de vida plena. Ele evidenciou a importância do fortalecimento do SUS, segundo ele, um modelo para o mundo.

“Nós teremos a princípio programada para o dia 3 de julho uma marcha em defesa do SUS, da vida, da democracia, da garantia de direitos e uma abertura popular, aqui na Esplanada dos Ministérios, para que a gente possa tornar realidade aquilo que o povo já sabe: quem garantiu vidas nesse processo da pandemia foi o Sistema Único de Saúde”, disse.

O representante da Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), Julio Pedrosa, sublinhou a saúde como direito fundamental do ser humano, protegido por vários tratados internacionais, afirmando que o desenvolvimento do sistema público de saúde requer engajamento social e diálogo com os diferentes setores.

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Orçamento da saúde
Para a representante do Ministério da Saúde, Lúcia Souto, a 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde vem em um momento de reconstrução e transformação e, por isso, um dos desafios da equipe é aumentar o orçamento para garantir o atendimento digno da população.

“Não há direito à saúde sem financiamento adequado e sem sustentabilidade. E é nisso que nós, do Ministério da Saúde, estamos, junto com o Conselho, comprometidos: recompor o orçamento do Ministério da Saúde. Até porque, numa situação de uma abissal desigualdade, a política pública do direito universal à saúde, ela é uma das políticas públicas que mais incide sobre a distribuição de renda do país”, observou.

Vários convidados lembraram uma conferência histórica: a oitava edição, em 1986, marcada pelo processo de elaboração da Constituição de 1988 e pela criação do SUS. Também foi enfocada, durante o debate, a necessidade de fortalecimento dos conselhos municipais, estaduais e do Conselho Nacional de Saúde.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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