POLITÍCA NACIONAL
Digitalização da administração pública pode reduzir custo Brasil, afirmam debatedores
POLITÍCA NACIONAL
Com a transformação digital da administração pública, o governo deve buscar reduzir a burocracia e, com isso, o chamado custo Brasil, defenderam participantes de audiência pública do Grupo de Trabalho sobre Alternativas Digitais de Tributação e Desburocratização. Uma alternativa para facilitar a vida das empresas, segundo o assessor do Sebrae Fábio Marimon, seria automatizar a declaração de impostos.
De acordo com Marimon, para as pessoas físicas, a Receita Federal já oferece um formulário previamente preenchido. O cidadão deve apenas conferir os dados e enviar a declaração. Na opinião do consultor, seria simples oferecer serviço semelhante também para as empresas. Ele argumentou que, com as notas fiscais eletrônicas, o poder público já tem acesso às informações necessárias.
“A Receita Federal, o estado, o município, eles apresentam esses cálculos do PIS, Pasep, Cofins, IPI, enfim, essa cesta aí de tributos, a partir das notas fiscais de entrada, de saída, as empresas vão conferir isso e vão recolher. Isso vai evitar um grande contencioso administrativo, um grande passivo judicial que nós temos hoje, vai trazer uma segurança jurídica, a gente pode falar que vai diminuir o custo Brasil”, afirmou.
Ranking internacional
Para que a redução da burocracia ocorra, é fundamental a digitalização não apenas dos serviços e processos do governo federal, mas também de estados e municípios. De acordo com o gerente do Departamento de Desburocratização e Inovação da Federação das Indústrias de São Paulo, Matheus Palluci de Campos, levantamento do Banco Mundial mostrou que o Brasil é o segundo país com governo digital mais maduro no mundo na esfera federal, atrás apenas da Coreia.
Porém, essa realidade não se reproduz nos estados e municípios. Por causa disso, o país ocupa a posição de número 44 em governo digital em estudo da ONU, disse a gerente de Competitividade Industrial da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Julia Nicolau Butter.
Prejuízos
Para dar uma ideia do prejuízo devido à falta de digitalização, Matheus Palluci disse que as empresas gastam R$ 137 milhões por dia somente para acompanhar modificações legislativas, principalmente por falta de acesso digital às legislações estaduais e municipais. Segundo o especialista, a economia com a digitalização ampla do poder público pode chegar a R$ 4,5 bilhões por ano.
Essa economia viria tanto da redução de custos para as empresas quanto para o Estado, com diminuição da máquina pública. Além disso, os especialistas argumentam que a informatização dos sistemas de tributação, por exemplo, evitaria evasão fiscal, com aumento da arrecadação sem necessidade de novos impostos.
Os participantes da audiência defenderam dois projetos de lei de autoria do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), autor do pedido para realização do debate. As propostas tratam exatamente da adoção de medidas para ampliação do governo digital. Júlio Lopes adiantou que irá pedir à ministra de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, que solicite regime de urgência para os projetos.
“Eu tenho estado com o governo e com a ministra Esther Dweck, e ela se mostra favorável. Ela está incumbida de toda a reforma digital do Estado, e isso é exatamente a reforma digital de que nós estamos falando: a obrigatoriedade de que todo agente público faça documentos digitais e com assinatura digital. Isso vai, obviamente, permitir o monitoramento integral de todas as ações do governo”, afirmou o deputado.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software, Paulo Milliet Roque, a plataforma do governo federal atinge 70% da população, com 140 milhões de usuários. O presidente do Conselho de Economia Digital e Inovação da Federação do Comércio São Paulo, Andriei Gutierrez, ressaltou que essa digitalização representou um grande avanço na oferta de serviços públicos voltados ao cidadão. O desafio agora, além de integrar estados e municípios à plataforma digital, seria atingir as empresas.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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