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Deputados defendem debate com a Defesa sobre mudanças no sistema de proteção social dos militares

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Os deputados Glauber Braga (Psol-RJ) e Fernanda Melchionna (Psol-RS), com apoio dos deputados Albuquerque (Republicanos-RR) e Sargento Portugal (Pode-RJ), cobraram do Ministério da Defesa, nesta quarta-feira (7), a criação de um grupo de trabalho para discutir o sistema de proteção social dos militares.

Os parlamentares participaram de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para discutir os efeitos da Lei 13.954/19, que alterou as regras para ativos e inativos das Forças Armadas, para policiais militares e bombeiros militares estaduais e para pensionistas.

O secretário de Pessoal, Saúde, Desporto e Projetos Sociais do Ministério da Defesa, tenente-brigadeiro-do-ar Heraldo Luiz Rodrigues, disse no debate que um estudo feito por militares da ativa em 2022 concluiu que os dispositivos da lei ainda estão sendo implantados e não há necessidade de ajustes neste momento.

“Temos como conversar isso de uma maneira concreta, não vamos esquecer o assunto”, afirmou o tenente-brigadeiro em resposta às queixas dos praças. “Vou levar o assunto ao ministro da Defesa, José Múcio, e conversar, vamos ver se um grupo de trabalho é a melhor solução ou não”, continuou Heraldo Rodrigues.

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Audiência Pública – Debate do sistema de proteção social dos militares das Forças Armadas. Representante dos Militares Reformados, George Brito.
George Brito: salário de militares e reformados caiu

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Disparidades
Segundo os debatedores, praças – soldados, cabos e sargentos, entre outros – e pensionistas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram prejudicados pela Lei 13.954/19 e enfrentam perdas na remuneração. De outro lado, disseram os participantes da reunião, os oficiais, como os generais, tiveram ganhos salariais.

Os representantes de militares reformados George Brito e Vanderley Gonçalves apontaram vários problemas. Com a lei, a contribuição mensal para as pensões passou de 7,5% para 10,5%. No caso de pensionistas, antes totalmente isentos, a alíquota passou para iguais 10,5%, mas chega a alcançar 13,5% em alguns casos.

Ao mostrar o contracheque de um militar, George Brito detalhou os efeitos nas contribuições. “Ele pagava R$ 430 para a pensão, os 7,5% por mês, depois passou a pagar um pouco mais, R$ 606. É matemática: caiu o salário! Foram retirados desse irmão R$ 170, que fazem falta na manteiga, no pão, na vida dele”, disse.

Ações na Justiça
Os advogados Jéssica Rocha, representante de algumas pensionistas, e Cláudio Lino, do Instituto Brasileiro de Análise de Legislações Militares, avaliaram que pontos da lei poderiam ser examinados. Atualmente existem ações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Depois das apresentações dos debatedores, a deputada Fernanda Melchionna criticou as mudanças decorrentes da Lei 13.954/19. “Não só se aumentou a desigualdade nas remunerações, como tem gente que perdeu e, pelo que eu vi, muita gente perdeu muito, porque 10% no salário eu chamo de confisco”, disse.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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