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Representantes de consumidores do setor elétrico querem ser ouvidos antes de mudanças em leis

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POLITÍCA NACIONAL

Representantes de entidades de defesa dos consumidores de energia elétrica querem ser ouvidos pelo Congresso Nacional antes da aprovação de projetos que instituam novos subsídios financiados pela conta de luz.

O pedido foi feito nesta terça-feira (20) na audiência pública da Comissão de Minas e Energia que discutiu a instituição do Dia Nacional do Consumidor de Energia Elétrica. O debate foi proposto pelo deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), autor da proposta de criação da data.

Neste ano, os subsídios devem consumir R$ 35 bilhões, valor que é destinado a políticas no setor, como a tarifa reduzida para a população de baixa renda e o financiamento da geração nos sistemas isolados da região Norte. Os recursos saem da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo abastecido com valores arrecadados da fatura de luz dos consumidores, principalmente os residenciais.

Atendimento
A presidente da Associação Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica (Conacen), Rosimeire Costa, afirmou que a maioria dos usuários que contribui para os subsídios não é beneficiada por eles. São pessoas que não são atendidas por políticas sociais e nem podem arcar com a instalação de sistemas de geração distribuída, em que o consumidor produz a sua própria energia.

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“Os deputados dessa Casa não podem mais aprovar um centavo que seja na fatura do consumidor sem dizer qual é o benefício que traz na tarifa”, disse Rosimeire Costa.

Adrianno Lorenzon, diretor da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia elétrica, como a indústria, disse que os subsídios do setor são como um imposto criado para suprir uma política pública, mas que não é compensável dentro de uma cadeia produtiva – cada etapa paga o valor cheio. “Um grande problema que a gente tem no setor é a falta de racionalidade com que os subsídios estão sendo propostos e regulados no país”, afirmou.

Já o especialista em regulação da associação das distribuidoras de energia (Abradee), Lucas Malheiros, disse que os subsídios embutidos na conta de luz podem chegar a R$ 50 bilhões nos próximos anos. “Foram leis que instituíram políticas públicas e colocaram elas para dentro da fatura de energia”, disse.

Dia nacional
O deputado Cezinha de Madureira disse que a criação do Dia Nacional do Consumidor de Energia Elétrica, a ser comemorado a cada 4 de março, pode servir como um marco para estimular a participação dos usuários na discussão das políticas do setor. Nessa data, em 1993, foi sancionada a chamada Lei Eliseu Resende (Lei 8.631/93), que determinou a criação dos conselhos de consumidores de eletricidade.

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Madureira afirmou ainda que uma boa forma de reduzir o custo dos serviços de luz no Brasil é combater o furto de energia elétrica. “Isso [o furto] onera o bolso daqueles que estão fazendo correto”, afirmou.

Já o deputado General Pazuello (PL-RJ) afirmou que os deputados precisam conhecer melhor o setor antes de aprovar mudanças. “Não podemos continuar legislando sem entendermos as consequências de cada decisão, de cada projeto de lei”, disse.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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