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Debatedores pedem inclusão de emendas na LDO para combater violência contra crianças e adolescentes

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POLITÍCA NACIONAL

Representantes da sociedade defenderam nesta terça-feira (21) a inclusão de cinco emendas no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 para combater a violência contra crianças e adolescentes. A LDO (PLN 4/23) deve ser votada pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso nesta semana.

O assunto foi tratado nesta manhã na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados.

As emendas foram sugeridas pela Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, que reúne mais de 70 instituições.

Segundo a deputada Ana Paula Lima (PT-SC), que solicitou a audiência, as emendas foram aceitas pelo relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), que não compareceu ao evento.

Transparência
Entre essas emendas, a parlamentar destacou a proposta de incluir a marcação no plano orçamentário de todas as despesas relacionadas com crianças e adolescentes. “A emenda é fundamental para ampliar a transparência do orçamento e possibilitar a análise total de investimentos em prevenção e resposta à violência contra crianças e adolescentes”, disse Ana Paula.

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Durante a audiência, o coordenador da Coalizão pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Lucas José Ramos Lopes, disse que ainda não foi definido o financiamento das ações de prevenção à violência propostas à LDO.

“É preciso discutir a capacidade executória dessas ações e principalmente a qualidade executória dessas ações”, disse Lopes. “Investir em prevenção de violência contra crianças e adolescentes exige o uso de evidências, o que de fato funciona, o que amplia a proteção e o que reduz os fatores de risco”, detalhou.

Mario Agra / Câmara dos Deputados
Um homem fala ao microfone
Varella: proporção do PIB destinado a esses gastos diminuiu

Prioridade
O especialista em políticas sociais do Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), Santiago Falluh Varella, mostrou que a parcela do orçamento federal destinada à proteção de crianças e adolescentes variou entre R$ 99 bilhões e R$120 bilhões nos últimos oito anos.

No entanto, ele ressaltou que a proporção do PIB destinado a esses gastos diminuiu. Conforme mapeamento da Unicef, foram aplicados 1,6% do PIB brasileiro em ações de proteção às crianças e adolescentes em 2016, contra 1,2% em 2022.

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“Hoje, a gente tem um gasto de 5% do orçamento geral e isso é estável. Mas a gente precisa dar algum passo adicional para que essas crianças sejam prioridade”, frisou Varella. Ele acrescentou que até outubro deste ano já foram gastos R$ 7 bilhões a mais que no ano passado.

Acompanhamento da sociedade
A coordenadora da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Clara Maria Guimarães Marinho Pereira, informou que um mapeamento da lei orçamentária de 2020-2024 mostra que foram aplicados R$ 24 bilhões na agenda de crianças e adolescentes.

Ela reiterou que a aplicação das verbas poderá ser acompanhada pela sociedade civil. “Uma vez que a lei entre em execução, nós teremos um painel em tempo real demonstrando quais foram as ações marcadas para a agenda de crianças e adolescentes.” Segundo ela, a intenção é garantir a transparência e o controle sociala qualquer tempo.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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