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Comissão aprova projeto que prevê representação de ambos os sexos na Mesa Diretora da Câmara

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POLITÍCA NACIONAL

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou projeto que torna obrigatória a presença de deputados de ambos os sexos entre os integrantes titulares da Mesa Diretora da Câmara.

O texto aprovado foi um substitutivo da deputada Erika Kokay (PT-DF) ao Projeto de Resolução 18/23, da deputada Laura Carneiro (PDS-RJ). O texto original previa a presença mínima de uma mulher na Mesa. Kokay trocou para a presença dos dois sexos.

A Mesa Diretora
A Mesa é composta pelo presidente da Câmara e dois vice-presidentes, além de quatro secretários e quatro suplentes de secretário.

Entre suas funções estão:

  • dirigir todos os trabalhos da Casa durante as sessões legislativas;
  • promulgar, juntamente com a Mesa do Senado Federal, emendas à Constituição; e
  • propor ação de inconstitucionalidade. 

Sem deputadas
Erika Kokay destacou que, de 1989 a 2009, nenhuma deputada foi titular da Mesa Diretora da Câmara. Em 2011, pela primeira vez uma mulher foi eleita para um cargo titular na Mesa Diretora, quando a então
deputada Rose de Freitas (ES) ocupou a 1ª vice-presidência.

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Em 2013, novamente apenas homens foram eleitos para cargos titulares da Mesa.

Já desde 2015, todos os anos ao menos uma mulher foi eleita para um cargo titular na Mesa Diretora da Câmara.

“A Mesa Diretora não pode ser um universo ocupado apenas por homens”, disse Erika Kokay. “É preciso entender que a equidade de gênero ou a igualdade de direitos e a representação feminina na Câmara são elementos fundamentais para que nós possamos construir uma democracia de fato.”

Críticas
A proposta enfrentou resistência de alguns parlamentares, como a deputada Chris Tonietto (PL-RJ). “A mulher não deve ser reduzida a cotas”, criticou. “Um projeto dessa natureza é reducionista, é reduzir a mulher a cota, e infelizmente o movimento feminista faz isso”, lamentou  a deputada. 

A proposta ainda precisa ser analisada pelo Plenário.

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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