POLITÍCA NACIONAL
Famílias das vítimas pedem punição para responsáveis por tragédia em Brumadinho
POLITÍCA NACIONAL
Participantes da sessão solene da Câmara dos Deputados em homenagem às 272 vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, cobraram nesta quarta-feira (6) providências da Justiça para impedir que a tragédia fique impune, além de medidas de prevenção, por parte do poder público, para evitar novos acidentes semelhantes ao que aconteceu em 25 de janeiro de 2019, em Minas Gerais.
Dezenas de representantes das famílias das vítimas participaram da sessão solene. Eles levaram uma cruz em tamanho gigante com o nome dos que morreram soterrados pela lama da barragem e fizeram uma homenagem a eles, comandada pela presidente da Associação dos Familiares de Vítimas de Brumadinho (Avabrum), Andresa Rodrigues. As vítimas foram chamadas de “jóias”.
Andresa, que teve o único filho morto no rompimento da barragem, acusou a empresa Vale de saber antecipadamente do perigo e não tomar providências. Ela reivindicou ações rápidas para melhorar a fiscalização e impedir a repetição da tragédia. A presidente da associação de familiares das vítimas acrescentou que as multas previstas em lei não inibem a possibilidade de acidentes.
“A gente deixa aqui o nosso grito e a nossa existência, que é por justiça, que é por memória, porque é por amor a eles que nós estamos aqui. Nós nunca esqueceremos e também não permitiremos que sejam esquecidos”, disse Andresa Rodrigues.
Coordenador da comissão externa da Câmara que investiga o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, o deputado Rogério Correia (PT-MG) também afirmou que a Vale sabia do risco de acidente. O parlamentar reclamou que, cinco anos depois da tragédia, ainda não houve punições e reivindicou ações efetivas do poder público.
Ele lembrou a sanção, em dezembro passado, da Lei 14.755/23, que instituiu a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB). “Ela é essencial agora para dizer quais são os direitos que cada atingido e atingida tem, quem são os atingidos de forma mais ampla, e o que os governos, tanto municipais, estaduais quanto o federal têm obrigação com os atingidos e quais são as obrigações das empresas”, disse o deputado.
Gerenciamento de riscos
Representante do Ministério da Integração Regional, Armin Braun sugeriu aos congressistas uma atenção especial para mudar a legislação a respeito do gerenciamento de riscos. Fernando Anelli, do Comitê Pró-Brumadinho, destacou a necessidade de fiscalização e controle social da atividade mineradora.

Propaganda enganosa
O deputado Pedro Aihara (PRD-MG) que sugeriu a realização da sessão solene, apontou que a Vale tem divulgado o que ele chamou de “propaganda enganosa e falsas informações”, como se a reparação às vítimas estivesse sendo feita. Porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas na época do acidente, ele se emocionou ao relembrar os primeiros momentos do resgate em Brumadinho e elogiou a atuação da corporação.
Aihara enfatizou que a luta por Justiça continua. “Para muito além da morte física, Brumadinho representa a morte da nossa dignidade. É um lembrete sombrio das consequências devastadoras da negligência, da ganância desenfreada e do descaso pela vida humana”, ressaltou.
Para ele, Brumadinho é símbolo de um crime evitável. “E também de como o crime parece compensar, uma vez que, mesmo cinco anos depois, continuamos sem ninguém atrás das grades”, completou.
Na justificativa para a realização da homenagem, o parlamentar cita relatório da Agência Nacional de Mineração, de outubro de 2023, que aponta 458 barragens em todo o País com classificação de risco. Na sessão solene, ele reivindicou mais estrutura para que a agência possa melhorar a fiscalização.
Vários participantes lembraram que, cinco anos depois, os corpos de três vítimas da tragédia de Brumadinho ainda não foram encontrados. No final da homenagem, os nomes dos 272 mortos pelo rompimento da barragem foram lidos em Plenário.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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