POLITÍCA NACIONAL
Orlando Silva espera que grupo de trabalho do projeto sobre redes sociais aproveite debate anterior
POLITÍCA NACIONAL
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) espera que o grupo de trabalho (GT) criado na Câmara dos Deputados para discutir o Projeto de Lei 2630/20, que pretende regulamentar as redes sociais e combater as chamadas fake news, aproveite o debate feito anteriormente sobre a proposta.
Esse é o segundo grupo de trabalho que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cria para discutir a proposta – conhecida como PL das Fake News –, desde que o texto chegou à Casa, em 2020, após ter sido aprovado no Senado Federal.
O deputado Orlando Silva foi relator do primeiro GT e também do texto em Plenário.
A Câmara chegou a aprovar em abril do ano passado requerimento de urgência para votar a proposta direto no Plenário e Orlando Silva apresentou novas versões do texto, mas o projeto sempre foi alvo de muita polêmica.
Em junho deste ano o presidente da Câmara decidiu, então, criar um novo grupo de trabalho para tentar construir um texto de consenso.
Transparência e responsabilidade
Para Orlando Silva, que faz parte do novo GT, é primordial criar regras de transparência e de responsabilidade para as plataformas digitais, de forma a garantir a liberdade de expressão. O deputado lembra que hoje as plataformas têm regras para moderar o conteúdo que não são transparentes e não são responsabilizadas pelos danos produzidos.
“Defender a liberdade de expressão, mudar o regime de responsabilidades e ter obrigações de transparência são os fundamentos para o debate”, resume Silva. “Espero que ele [o novo grupo de trabalho] possa aproveitar o debate feito anteriormente, desenvolver, produzir convergências”, afirmou Orlando Silva, acrescentando que esse é um debate global.
Marco civil da internet
O deputado Filipe Barros (PL-PR), que também integra o grupo de trabalho, disse que a internet hoje não é terra sem lei, já que existe o marco civil da internet, aprovado em 2014 pelo Congresso Nacional. Para o parlamentar, a nova regulamentação para as redes sociais não pode permitir a censura prévia de opiniões e deve garantir direitos aos usuários.
“O que nossa Constituição prega: direito à ampla defesa, ao contraditório, precisa ser também aplicado nas plataformas”, afirma Barros. “Uma plataforma não pode simplesmente banir por tempo indeterminado a conta de uma pessoa sem que ela saiba sequer por que foi banida, sem que essa pessoa tenha o direito de defesa, de ter sua conta reativada”, criticou.
Prazo
Filipe Barros acredita que não há tempo suficiene para avançar nas discussões antes das eleições municipais, que serão realizadas em outubro.
O grupo de trabalho criado em 5 de junho e tem prazo de 90 dias para concluir os trabalhos. Os integrantes são:
- Ana Paula Leão (PP-MG),
- Fausto Pinato (PP-SP),
- Júlio Lopes (PP-RJ),
- Eli Borges (PL-TO),
- Gustavo Gayer (PL-GO),
- Filipe Barros (PL-PR),
- Glaustin da Fokus (Podemos-GO),
- Maurício Marcon (Podemos-RS),
- Jilmar Tatto (PT-SP),
- Orlando Silva (PCdoB-SP),
- Simone Marquetto (MDB-SP),
- Márcio Marinho (Republicanos-BA),
- Afonso Motta (PDT-RS),
- Delegada Katarina (PSD-SE),
- Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ),
- Lídice da Mata (PSB-BA),
- Rodrigo Valadares (União-SE),
- Marcel Van Hattem (Novo-RS),
- Pedro Aihara (PRD-MG),
- Erika Hilton (Psol-SP).
Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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