POLITÍCA NACIONAL
Entidades pedem diversificação de tecnologias em leilão de reserva de energia
POLITÍCA NACIONAL
Representantes de entidades do setor elétrico pediram nesta quinta-feira (4) a diversificação das tecnologias que vão poder participar do Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência (LRCAP), que ocorrerá no segundo semestre.
Pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas eólicas e solares associadas a sistemas de armazenamento de energia em grandes baterias, entre outras, querem competir no leilão. O assunto foi discutido em audiência pública promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Hugo Leal (PSD-RJ).
O LRCAP visa à contratação de potência adicional (ou seja, usinas) para garantir o fornecimento de energia nos horários de pico de consumo no País. As usinas ficam disponíveis e só são acionadas nesses momentos.
Em março, o governo abriu para consulta pública a minuta da portaria com as diretrizes do leilão. A minuta prevê a contratação de potência apenas de usinas térmicas ou hídricas, novas ou existentes. O texto estabelece que a entrega de potência começa em 2027.
Para o presidente da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae), Markus Josef Vlasits, o ideal para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – responsável por dar a ordem de funcionamento das usinas – é ter um portfólio diversificado de tecnologias disponíveis. “Não me parece razoável que uma determinada fonte, qualquer que seja, queira monopolizar esse leilão de reserva de capacidade”, disse Vlasits.
A mesma avaliação foi feita por outros convidados. “Quanto mais tecnologia tivermos, quanto mais opções tivermos, mais competição e, consequentemente, o menor preço que o consumidor que vai pagar por essa tecnologia”, disse o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia.

Segurança energética
Para representantes do governo no debate, o foco do leilão é garantir a segurança do sistema elétrico, sem interrupção para os consumidores, o que levou à opção, neste momento, pelas fontes térmica e hídrica. “Esse é um tema pétreo e uma preocupação fundamental de toda e qualquer decisão do ministro [de Minas e Energia, Alexandre Silveira]”, disse o secretário nacional de transição energética e planejamento do ministério, Thiago Barral.
Ele não descartou o uso de uma cesta de tecnologias e soluções, mas disse que, no momento, a preocupação está em associar segurança e confiabilidade no fornecimento de energia com a flexibilidade operativa (capacidade de rápido acionamento da usina, em caso de necessidade). Barral não adiantou quando a portaria do LRCAP será divulgada.
A assessora executiva da Diretoria de Planejamento do ONS, Sumara Duarte, defendeu o critério de flexibilidade da tecnologia a ser escolhida. “Eu não posso ter uma usina contratada para ficar operando dois dias se eu só preciso dela quatro horas, três horas por dia”, afirmou. Duarte disse que o ONS não tem objeção à participação de empresas que operam sistemas de armazenamento em baterias no LRCAP, mas disse que ainda não há arcabouço regulatório para esse arranjo.
O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que propôs o debate, disse que o assunto é complexo mas, ao final, para o consumidor, o que importa é ter energia quando precisa e a preços módicos. “Nosso papel é exatamente levar as alternativas, explicar isso para a população”, disse Leal. “O desejo é para gente poder entender onde estamos, onde queremos chegar e como vamos chegar”, concluiu.
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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