MATO GROSSO
Rede de Bancos de Leite Humano registra aumento de 12% no número de doadoras em MT
MATO GROSSO
Leite doado atendeu a 1.325 bebês prematuros nascidos e que estão UTIs neonatais no Estado.
A Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), registrou um aumento de 12% no número de mães e mulheres que amamentam para a doação de leite materno, de janeiro a setembro de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.
Segundo levantamento feito pela rede, um total de 1.861 mulheres fizeram a doação nos primeiros nove meses deste ano. O leite doado atendeu a 1.325 bebês prematuros nascidos no Estado, que estão internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, o que representou um aumento de 5% na demanda no mesmo período.
Para o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, os números confirmam a crescente mobilização da comunidade em torno da doação de leite materno.
“O aumento no número de doadoras e de bebês atendidos demonstra a eficiência das nossas iniciativas em promover a amamentação e o suporte às mães. Agradecemos a todas as mulheres que se engajam e se comprometem com essa causa tão nobre”, declarou.
O volume de leite coletado também cresceu, atingindo 2.464 litros, um incremento de 9% em comparação com janeiro a setembro de 2023.
A rede também registrou 11.657 atendimentos individuais, com um aumento de 31%, e 1.329 atendimentos em grupo, que avançaram 35% em relação ao ano anterior.
O responsável técnico estadual pela Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano, Rodrigo Carvalho, comentou sobre a importância do fortalecimento às doações de leite humano.
“Embora tenhamos coletado uma maior quantidade neste ano, a distribuição de leite para recém-nascidos internados foi de 1.444 litros, o que representa uma leve queda de 2%. Isso ocorre porque nem todo leite doado está apto para a distribuição e, por essa razão, precisamos reforçar as doações”, afirmou.
Os bancos de leite realizam os exames microbiológico, crematócrito e acidez Dornic, fundamentais para garantir a qualidade do leite doado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, a amamentação deve ser exclusiva até os seis meses e continuada por dois anos ou mais.
Para as mulheres interessadas em doar, é fundamental que estejam saudáveis e não façam uso de medicamentos ou substâncias contraindicadas durante a amamentação.
“Cada doadora representa uma oportunidade de salvar vidas. A amamentação é uma prioridade para a saúde pública e para a saúde das crianças, e nossa meta é expandir ainda mais essa rede de solidariedade”, completou o responsável técnico.
Atualmente, Mato Grosso dispõe de sete unidades de coleta, localizadas em Cuiabá, Rondonópolis, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde. As unidades atendem exclusivamente as demandas diárias dos bebês prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO7 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS5 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS2 dias atrás
Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar
-
ARTIGOS5 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama
-
ARTIGOS22 horas atrás
Canetas emagrecedoras: ortopedista alerta sobre impactos na coluna e nas articulações