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Pedidos de recuperação judicial no agronegócio disparam: especialista aponta situação insustentável

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Assim como previam alguns especialistas, o número de pedidos de recuperação judicial no agronegócio disparou em 2025. Segundo dados divulgados pelo Serasa Experian foram 389 solicitações de RJ no primeiro trimestre do ano, aumentos de 21,5% em comparação com o trimestre anterior e de 44,6% no comparativo anual. Os produtores rurais que atuam como pessoa física registraram o maior número de pedidos, com 195, ante 140 no trimestre anterior e 106 registrados um ano antes. Mato Grosso foi líder no ranking de produtores pessoa física que entraram com pedido no primeiro trimestre, totalizando 50 solicitações, seguido de Goiás com 38 e Minas Gerais com 31.

De acordo com o advogado especialista em recuperação judicial no agronegócio, Euclides Ribeiro, a situação está insustentável e sufoca o produtor rural. “Ao que parece, conseguimos quebrar o nosso agronegócio devido à falta de investimento e à falta de uma política que permita a continuidade e o pagamento das contas. Estamos diante de um problema muito grande, com juros de 15% ao ano na Selic, quem consegue produzir e pagar todas essas contas? Chegou a hora de todos nós nos unirmos para dizer ‘chega’, porque ninguém aguenta mais”, ponderou.

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Ribeiro ressaltou ainda que o aumento das tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos trará consequências ao setor produtivo. “Os produtores de laranja e café, que são responsáveis por 60% das exportações do Brasil para os Estados Unidos, terão mais problemas. O impacto mental e psicológico já afeta o produtor, que pode ter que pagar mais essa conta. Essa pode ser a gota d’água que fará o copo transbordar”, pontuou.

Segundo Euclides, o aumento no número de pedidos de recuperação judicial também pode estar ligado ao reconhecimento de que a reestruturação do negócio é uma ferramenta legal e eficiente. “Essas pessoas estão finalmente tendo acesso à informação de que a reestruturação via recuperação judicial é um caminho para salvar o agro. Nossa dívida no agro não é só dessas 389 recuperações do primeiro trimestre de 2025; a dívida do setor já passa de um trilhão de reais”.

O advogado concluiu que uma solução a curto prazo para o problema seria disseminar a informação de que a recuperação judicial é um instrumento e uma ferramenta de renegociação de dívidas benéfico para o credor e o devedor. A médio prazo, seria necessário baixar a taxa de juros.

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“De imediato, é entender que a recuperação judicial é um instrumento de continuidade de produção, tanto para o setor financiador quanto para o produtivo. A médio prazo, vamos baixar os juros, porque se alguém está oferecendo pagar 15% de juros para não fazer nada, por que alguém vai colocar 15% no agricultor? Com essa taxa, não há agronegócio que funcione, nem aqui, nem nos Estados Unidos, nem na Europa, em nenhum lugar do mundo. Não há possibilidade de se produzir uma commodity como qualquer uma dessas commodities que nós produzimos, pagando 20% de juros ao ano”, finalizou.

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CONCEEL-EMT participa de evento que discute o futuro da energia no Brasil

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Os conselheiros do Conselho de Consumidores da Energisa Mato Grosso (CONCEEL-EMT estão participando nesta quinta e sexta-feira (28) do XXV Encontro Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica, realizado em Belém. A cidade, que recentemente sediou a COP 30, volta a receber importantes debates sobre energia, sustentabilidade e justiça social. O evento está sendo realizado no Hotel Princesa Louçã.

A participação dos conselheiros do CONCEEL-EMT tem como objetivo acompanhar de perto as discussões e painéis da programação, que este ano tem como tema central: “Mudanças climáticas e justiça energética: desafios e propostas para acesso à energia limpa e preços justos”.

Durante o encontro, os representantes do conselho estão presentes em mesas redondas, apresentações técnicas e diálogos que abordam temas essenciais para o setor elétrico. A iniciativa reúne representantes de todo o país.

“Participar do encontro nacional é fundamental para aprofundar o debate sobre direitos dos consumidores, acompanhar tendências do setor elétrico e contribuir para propostas que promovam justiça energética, sustentabilidade e preços mais equilibrados”, ressaltou o Benedito Paulo de Abreu, vice-presidente do CONCEEL-EMT.

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Sobre o CONCEEL-EMT

O conselho tem como objetivo orientar, analisar e opinar sobre questões relacionadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor final. O conselho não possui relação de subordinação com a distribuidora Energisa/MT e é composto por representantes das seguintes classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural e poder público.

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