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Termina sem acordo reunião para tratar da concessão de trens no RJ

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Terminou sem acordo a reunião realizada na tarde desta quinta-feira (27) no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, para tratar da concessão da SuperVia, empresa de transporte ferroviário, que explora o serviço na região metropolitana do Rio.

A malha ferroviária liga o centro da cidade aos bairros das zonas norte e oeste e se estende até os municípios da Baixada Fluminense. O governador Cláudio Castro e o secretário de Transportes, Washington Reis, estiveram reunidos com o presidente da Gumi Brasil Participações, Masato Kaneko, que explora a operação dos trens urbanos no Rio.

Após o encontro, Castro informou através das redes sociais que recebeu os executivos da Gumi. “Diante da cobrança do governo do estado por investimentos que melhorem os serviços à população, a empresa confirmou que desistiu de gerir o sistema de trens metropolitano”. O governo não tentou prorrogar o prazo para a concessionária continuar explorando o serviço.

A empresa japonesa já havia enviado ofício à Secretaria estadual de Transportes comunicando a intenção de deixar a concessão da SuperVia. A companhia alegou a perda de receita com a pandemia e o prejuízo com o furto de cabos e o congelamento da tarifa.

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O governador disse ainda que da parte do Estado foram feitos esforços para apoiar a concessionária na entrega de um serviço digno à população. “Fizemos aporte de cerca de R$ 400 milhões, em 2022, para compensar perdas com a queda do número de passageiros”.

Segundo Castro, a pandemia acabou e os serviços continuaram precários. “Cobramos resultados e eles não vieram. A população do Rio seguiu enfrentando atrasos, desconforto, paralisações e até acidentes na malha ferroviária”. O governador acrescentou que a Gumi faz parte do conglomerado Mitsui, um dos maiores do mundo. Porém, de acordo com ele, o problema está no modelo de concessão que não funciona.

O governador ressaltou que garantirá o funcionamento dos serviços até a escolha de uma nova empresa para explorar a malha ferroviária da SuperVia. “Vamos partir para um novo modelo de concessão que atenda aos anseios e respeite o direito da população do estado”, avaliou Castro.

Malha ferroviária

A SuperVia assumiu o controle dos trens urbanos do Rio em 1º de novembro de 1998, englobando uma malha ferroviária de 270 quilômetros e se estende por 12 cidades: Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Queimados, São João de Meriti, Belford Roxo, Japeri, Magé, Paracambi e Guapimirim. Atualmente, transporta quase 350 mil passageiros por dia. Já chegou a transportar 1 milhão de passageiros por dia nos anos 1970, quando era controlada pela Estrada de Ferro Central do Brasil.

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Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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