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O agro e o bom momento do mercado imobiliário

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Mato Grosso, um dos principais pilares da agricultura brasileira, se destaca nacional e internacionalmente pela sua robusta produção agrícola. Com extensas áreas de terras férteis e um constante investimento em tecnologia agrícola, o estado se posiciona como líder na produção de commodities como soja, milho, algodão e carne bovina. Esse crescimento agrícola não só atrai investimentos diretos para o setor, mas também impulsiona o desenvolvimento urbano e o mercado imobiliário.

O aumento significativo na demanda por moradias, tanto para os trabalhadores do agronegócio quanto para a população urbana em geral, tem sido um dos principais motores por trás do aquecimento do mercado imobiliário em Mato Grosso.

Levantamento de 2023 dos Indicadores do Mercado Imobiliário de Cuiabá, realizado pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), aponta uma movimentação financeira de R$ R$ 4.205 bilhões, montante 1,49% superior que o registrado no ano anterior. Esse fenômeno se reflete na construção acelerada de novos empreendimentos residenciais e comerciais, destinados a suprir essa crescente necessidade habitacional.

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Este cenário favorável é complementado por fatores como a recente recuperação das safras de milho e soja, impulsionada por melhores condições climáticas e um dólar valorizado, que elevam a rentabilidade dos produtores e fortalecem o mercado local.

Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), mostram que Mato Grosso lidera entre os 100 municípios mais prósperos no agronegócio, contribuindo com expressivos R$ 288 bilhões para a economia nacional no último ano, com destaque para cidades com bons índices do Produto Interno Bruto (PIB), como Sorriso (R$ 12,5 bilhões), Sinop (R$ 9,6 bilhões) e Lucas do Rio Verde (R$6,8 bilhões), que experimentam um verdadeiro “boom” no mercado imobiliário.

A taxa de juros, embora influente nas condições de financiamento imobiliário, não tem sido obstáculo para o crescimento contínuo do setor, como exemplificado pelo sucesso do condomínio ‘Primordiale’, que lançamos este ano em Lucas do Rio Verde. É primeiro no formato horizontal a ser construído na cidade. O empreendimento atraiu investidores e famílias que buscam um lugar com segurança e tranquilidade para morar.

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Além de aquecer a economia, o desenvolvimento imobiliário em Mato Grosso tem um impacto positivo no comércio local, beneficiando pequenas empresas e empreendedores. No entanto, esse crescimento não está isento de desafios sociais e ambientais. É crucial adotar um planejamento urbano sustentável e implementar políticas públicas eficazes para garantir um crescimento equilibrado, que promova não apenas o desenvolvimento econômico, mas também melhore a qualidade de vida dos residentes.

Em síntese, o agronegócio não apenas impulsiona o mercado imobiliário em Mato Grosso, mas também oferece oportunidades significativas de crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Com um olhar estratégico e compromisso com o bem-estar coletivo, é possível construir um futuro próspero e equilibrado para todos os habitantes do estado.

 

Robson Shinji Yanagawa é engenheiro na Yanagawa Construtora e Incorporadora Ltda

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Evoluir para um novo ciclo de RJ

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“Produtor caloteiro, advogado embusteiro, judiciário moroso, fundo oportunista, administrador judicial explorador”. É o que ainda ouço de muitos que participam de recuperações judiciais no Brasil, e isso já passou da hora de acabar.

O processo de reestruturação das empresas no país passou por grande maturação. Temos, principalmente em Mato Grosso, uma das melhores escolas de reestruturação do mundo, com estudiosos palestrando mundo afora, promovemos encontros com os mais renomados juristas, além de sermos percursores de várias teses consolidadas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), seja por credores ou devedores.

Sobre as recuperações judiciais no agronegócio, o que parecia a princípio “malabarismo jurídico” virou jurisprudência, e a jurisprudência virou lei. Em um processo evolutivo social, devemos ser gratos por construir e viver, na prática, pelo suor e pela caneta, em vinte anos, o que para muitos será somente uma teoria acadêmica de nosso professor Miguel Reale, os fatos sociais transformando o direito.

Agora, consolidada a situação, com mercado específico para fomentar empresas em RJ, vamos convidar, quem mais precisa, nossos produtores rurais, a participarem mais conosco e assim fazer valer o princípio que nos norteia. A defesa do empreendedorismo.

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Dois pontos penso que devemos nos concentrar. O judiciário entende que o produtor rural demora demais para pedir RJ, o que estressa demais o processo com os credores. O produtor rural, por outro lado, entende que o judiciário demora demais para decidir.

Conheço os dois lados e digo que o único caminho é que todos possamos nos unir dando as melhores condições de trabalho ao Poder Judiciário – pois começa a lidar com números exponenciais de processos – e aos produtores rurais, que são os que produzem a maior – e quase única – riqueza nossa, as commodities.

Essa união depende de nós, advogados, contadores, administradores judiciais, bancos, fundos e tradings. Bancos, fundos e tradings também, ou achamos que dá para receber, se o produtor não tem como produzir para pagar? Não é mais escolha. Muitos ainda vão passar por uma RJ, e o melhor é que passem logo, resolvam o problema logo e voltem a fomentar o mercado financeiro logo. Para isso, quanto menos tumulto levarmos ao Judiciário, em um processo de RJ, melhor será. Quanto mais maduro for o processo mais eficiente será a reestruturação.

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Chegou a hora do segundo ciclo, e entendo que todos devemos caminhar de forma conciliadora, vamos juntos.

“Produtor trabalhador, advogado batalhador, judiciário eficiente, fundo fomentador e administrado Judicial conciliador”.

Esse é o novo ciclo. Quanto mais rápidos formos, mais próximos estaremos da eficiência do mercado, produzindo mais, errando menos, gerando mais riqueza para todos. Afinal para isso foi criada essa lei.

Euclides Ribeiro Silva é sócio da ERS Advocacia e Recuperação de Empresas

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