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Prerrogativas não se relativizam

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Por Oswaldo Cardoso

A recente decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, de liberar a entrada de celulares no julgamento do chamado “núcleo 4” da suposta trama golpista é um gesto de sensatez — ainda que tardio — diante do evidente excesso cometido na sessão anterior da Primeira Turma, quando os aparelhos foram lacrados.

Não se trata aqui de discutir o mérito dos julgamentos em curso no STF. O que está em jogo é algo ainda mais elementar: o respeito às prerrogativas da advocacia, pilares essenciais para a plena realização do direito de defesa e da democracia.

A Ordem dos Advogados do Brasil agiu corretamente ao reagir com veemência à restrição imposta no julgamento anterior. Impedir advogados e demais presentes de portar livremente seus celulares — sob o argumento de proteção da sessão — não apenas compromete a transparência que se espera das cortes superiores, mas estabelece um perigoso precedente de cerceamento arbitrário.

A advocacia não se submete a caprichos, ainda que travestidos de cautelas. É claro que há regras de conduta que devem ser respeitadas durante os julgamentos, como o silêncio e a proibição de registros indevidos, mas isso não pode se confundir com medidas generalizadas que afetam o exercício da profissão. O advogado não é espectador passivo nem réu em julgamento, e sim parte essencial da administração da Justiça.

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A prerrogativa de acompanhar sessões, registrar anotações, manter comunicação com sua equipe e clientes — inclusive por meios eletrônicos — não pode ser relativizada ao sabor de situações pontuais. A tentativa de justificar a medida anterior com base nas restrições impostas a um dos réus, como no caso do ex-assessor Filipe Martins, não se sustenta. Cada caso concreto exige atenção, sim, mas sem que isso implique a suspensão de garantias fundamentais para todos os demais envolvidos.

O STF é a casa do Direito, e dela se espera não apenas decisões juridicamente embasadas, mas também respeito incondicional às liberdades constitucionais. Entre elas, a atuação da advocacia com independência, dignidade e respeito. É esse o caminho que preserva a credibilidade das instituições e fortalece o Estado Democrático de Direito.

Oswaldo Cardoso é advogado e ex-conselheiro federal pela OAB-MT

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Lipedema: o que é, como afeta o corpo e como a dermatologia pode ajudar a tratar

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Por THAÍS NOGUEIRA

O lipedema é uma condição crônica e progressiva que atinge principalmente mulheres e é muitas vezes confundida com obesidade ou retenção de líquidos. Caracteriza-se pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas, quadris e, em alguns casos, nos braços, causando dor, sensibilidade ao toque, hematomas frequentes e um aspecto desproporcional do corpo. Embora tenha origem genética e hormonal, o diagnóstico ainda é subestimado — o que atrasa o início do tratamento adequado.

Na prática, o lipedema afeta não só a saúde física, mas também a autoestima, a mobilidade e a qualidade de vida das pacientes.

A boa notícia: a dermatologia tem um papel fundamental nesse processo

Embora o tratamento do lipedema exija uma abordagem multidisciplinar — com acompanhamento vascular, endocrinológico e nutricional — a dermatologia estética tem avançado muito nas terapias complementares, contribuindo significativamente para o controle dos sintomas, a melhora da dor e da aparência corporal.

Na nossa clínica, desenvolvemos um protocolo e para lipedema, que integra tecnologias avançadas, como o HIBRIUS — uma plataforma que combina radiofrequência, LED vermelho e lipocavitação de alta performance. Essa associação promove a redução do volume de gordura, melhora a textura da pele, estimula a drenagem linfática e ajuda no controle da dor.

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O tratamento é não invasivo, seguro e com resultados progressivos, especialmente quando associado a outras medidas médicas e nutricionais.

O olhar acolhedor da dermatologia

Mais do que aliviar os sintomas físicos, o nosso objetivo é proporcionar uma experiência de acolhimento e cuidado integral. Sabemos que o lipedema impacta diretamente na autoestima e no bem-estar emocional — por isso, nosso trabalho vai além da técnica: envolve escuta, planejamento individualizado e um ambiente em que cada mulher se sinta compreendida e respeitada.

Se você sente dor nas pernas, percebe um acúmulo desproporcional de gordura nos membros inferiores, hematomas frequentes ou desconforto estético e funcional, procure um diagnóstico especializado. O lipedema tem tratamento, e você merece viver com mais leveza, confiança e qualidade de vida.

Thaís Nogueira é dermatologista, especialista em dermatologia clínica, estética e tecnologias para a saúde da pele

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