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Solidariedade e empreendedorismo
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Como empresário e gestor público, tenho observado de perto os desafios que nossa querida Cuiabá enfrenta diariamente.
É evidente que, para promover um verdadeiro desenvolvimento, precisamos adotar uma abordagem multifacetada que envolva tanto a solidariedade social quanto o fortalecimento da nossa rede empresarial.
Primeiramente, precisamos urgentemente de uma rede de solidariedade que una esforços contra a miséria. A pobreza extrema não é apenas um problema econômico, mas um reflexo das desigualdades sociais que persistem em nossa cidade.
Uma rede de solidariedade robusta pode promover ações coordenadas entre organizações não governamentais, iniciativas comunitárias e o próprio poder público, visando fornecer suporte às pessoas em situação de vulnerabilidade. Isso inclui programas de alimentação, moradia digna, e, crucialmente, políticas de combate às “cracolândias” que assolam nossas ruas.
Em paralelo, é fundamental que desenvolvamos uma rede empresarial forte e comprometida com a qualificação profissional. Empresas bem-sucedidas têm um papel crucial na transformação social e econômica de uma cidade.
Através de programas de capacitação e qualificação, podemos preparar nossos jovens e adultos para os desafios do mercado de trabalho, promovendo um ciclo virtuoso de empregabilidade e desenvolvimento pessoal. Um trabalhador bem qualificado é um ativo valioso para qualquer empresa e, por consequência, para nossa cidade.
Além disso, para que Cuiabá se torne um polo de atração de novos investimentos, é imperativo que estabeleçamos um grande pacto entre o poder público e a iniciativa privada.
Esse pacto deve focar na desburocratização e na criação de um ambiente propício para o desenvolvimento de negócios. Reduzir a burocracia não significa afrouxar as regulamentações, mas sim tornar os processos mais eficientes e transparentes, facilitando a abertura e operação de empresas, e, com isso, atraindo novos investidores.
Imagino uma Cuiabá onde a solidariedade e o empreendedorismo caminhem juntos. Onde cada cidadão tenha acesso às oportunidades necessárias para crescer e prosperar, e onde as empresas encontrem um ambiente favorável para se desenvolver e contribuir para o bem-estar coletivo. Juntos, podemos construir uma cidade mais justa, inclusiva e próspera para todos.
ALEX RODRIGUES é empresário e ex-secretário-adjunto de Obras de Cuiabá.
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Sem fiscalização não há segurança: Sintap-MT reforça a importância do controle em Mato Grosso
Com 35 anos de história, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap-MT) reafirma seu reconhecimento ao trabalho dos profissionais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA/MT), órgão essencial para a saúde pública, a segurança alimentar e a credibilidade do agronegócio. Cabe ao INDEA fiscalizar rebanhos, lavouras, abatedouros e produtos, certificando a origem e a sanidade de tudo o que é produzido e consumido em nosso Estado.
Apesar dessa importância, os fiscais do INDEA enfrentam ameaças, pressões e desvalorização. Muitos atuam sob risco, em regiões remotas, lidando com interesses econômicos poderosos. Além disso, precisam resistir a tentativas de enfraquecimento institucional, como o projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Gilberto Cattani, que dispensa a apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA) junto ao INDEA.
A proposta, apresentada sob o argumento de desburocratização, abre brechas perigosas para o transporte irregular de animais e o avanço da clandestinidade. A GTA não é um papel qualquer, é o documento que rastreia e comprova a sanidade do rebanho, garantindo que o alimento consumido seja seguro. Dispensá-la é fragilizar o controle sanitário e colocar em risco toda a cadeia produtiva, da fazenda ao prato do cidadão.
Os fatos recentes em Rosário Oeste mostram o que acontece quando a fiscalização é desrespeitada. Uma médica veterinária foi demitida após interditar um abatedouro clandestino, e denúncias revelaram carne sem inspeção sendo fornecida à merenda escolar. A investigação da Polícia Civil confirmou o comércio de produtos clandestinos e as condições precárias em que eram produzidos, tudo isso sob o silêncio conveniente de quem prefere o “jeitinho brasileiro” à lei.
É justamente para evitar situações como essa que o trabalho do INDEA deve ser fortalecido, não desmontado. A fiscalização agropecuária é um serviço de Estado, não um favor político. Quando se enfraquece a vigilância, abre-se espaço para o crime sanitário, para o adoecimento da população e para o descrédito do produto mato-grossense nos mercados nacional e internacional.
Ao completar 35 anos, o Sintap-MT reafirma seu compromisso com o interesse público, a ética e a segurança alimentar. Defender o INDEA é defender a vida, a economia e a reputação de Mato Grosso.
Que a sociedade entenda: sem fiscalização, não há confiança. Sem servidores valorizados, não há proteção. E sem o INDEA, não há segurança no que comemos.
Diany Dias
Presidente do Sintap-MT
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