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Terceira maior prova do país, Exame de Ordem teve 124 mil inscritos e mais de 90% de comparecimento

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A OAB tem conseguido cumprir um importante papel em defesa da cidadania por meio do Exame de Ordem Unificado (EOU). No último domingo, o XXXIV EOU reuniu aproximadamente 124 mil inscritos. A prova foi aplicada em 169 polos espalhados pelo Brasil e teve taxa de comparecimento acima de 90%, bem a frente, por exemplo, da taxa do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que registrou em 2021, taxa de 70% de comparecimento. O EOU é um instrumento fundamental para garantir a qualidade dos trabalhos prestados pela advocacia na defesa dos interesses de cidadãs e cidadãos.

Os desafios envolvidos na aplicação do EOU são grandes e complexos e mais uma vez a OAB teve sucesso na missão de viabilizar o bom andamento de uma prova dessa abrangência. O exame é a terceira maior avaliação do país, atrás somente do ENEM e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

“A prova aconteceu dentro da normalidade, no espírito que a prova da Ordem vem conquistando ao longo do tempo, de credibilidade, sem intercorrências. Agora estamos na expectativa da análise das questões e dos resultados”, disse o presidente da Comissão Nacional de Exame de Ordem, Marco Aurélio de Lima Choy, que é presidente da OAB-AM.

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Realizar o EOU é missão que abrange a superação das dificuldades logísticas de um país continental, com o objetivo de se obter a capilaridade necessária para se chegar a todos os rincões do Brasil. Esse trabalho coletivo tem a participação e o envolvimento das 27 seccionais e das subseções da OAB espalhadas pelo território nacional.

O Exame de Ordem decorre do artigo 5º, § XIII, da Constituição Federal, que estabelece que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Nesse caso, a Lei 8.906, de 1994, faz essa previsão, e foi declarada constitucional por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os juízes da Suprema Corte consideraram que a advocacia é profissão que pode trazer prejuízos graves a terceiros, razão por que o legislador fica autorizado a instituir o exame para medir a qualificação para o exercício profissional.

Nesse sentido, o Exame de Ordem é uma ferramenta essencial à sociedade, que tem a garantia de que seus aprovados têm conhecimento técnico para o exercício inicial da advocacia e terão condições para a necessária paridade a presidir a distribuição da justiça frente ao aparato jurídico do Estado, composto por profissionais concursados.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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