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Videoarte revive Macunaíma em solos do cerrado mato-grossense

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A irreverência da personagem símbolo do movimento antropofágico está sendo reatualizada em solos cuiabanos e chapadenses, por meio do videoarte “Macunaíma Pop do Cerrado”.

Selecionado no edital Audiovisual, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), o material une a tecnologia do vídeo às expressões artísticas, trazendo conceitos do naturalismo fantástico, afrofuturismo e distopia.

As captações de imagem ocorreram neste mês de dezembro, em locações no cruzamento de duas avenidas centrais de Cuiabá e no cerrado de Chapada dos Guimarães. A previsão é que o trabalho seja lançado em março ou abril do próximo ano. 

Na versão mato-grossense, Macunaíma é rasgado pelas reexistências seculares de indígenas, negros, ribeirinhos e populações rurais, além também de corpos em transição e fluidez de gênero que se manifestam no cerrado, segundo maior bioma brasileiro. 

Conforme a produtora executiva do projeto, Ju Queiroz, o videoarte traça um paralelo entre o processo de branquitude da personagem na obra original de Mário de Andrade e a transição de gênero presente na obra mato-grossense. 

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“O Macunaíma apresentado no videoarte está liberto do processo de branquitude, abrindo novas possibilidades de sentir e afetar”, explica.

A produção do videoarte é coordenada pelo trio de artistas independentes, Ju Queiroz (produtora executiva e diretora de fotografia), Sol Ferreira (diretor) e Rodrigo Zaiden (roteirista e codiretor).

O projeto conta ainda com a expertise de filmagem e edição de Henrique Santian, direção de produção de Paula Dias e atuações da multiartista primaverense Alice Anayumi e do carioca radicado em Campo Grande (MS), Felipe Lourenço. 

(Com informações da Assessoria de Imprensa do projeto)

Fonte: GOV MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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