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Brasileiros deixam Gaza e vão para Rafah, na fronteira com o Egito

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Dezesseis brasileiros – entre adultos e crianças – que passaram os últimos dias abrigados em uma escola da cidade de Gaza, no norte da Fronteira de Gaza, foram transferidos, em segurança, neste sábado (14), para a cidade de Rafah, perto da fronteira com o Egito, na região sul.

Inicialmente, o grupo aguardaria na cidade de Khan Yunis pela autorização do governo do Egito para ingressar em território egípcio e embarcar em um voo de volta ao Brasil. Contudo, já com o grupo em Khan Yunis, as autoridades optaram por transferir os brasileiros para Rafah.

Em nota, o Palácio do Planalto apontou que, além de “garantir uma noite mais tranquila” para os 16 brasileiros, a “pequena casa” que o governo alugou em Rafah fica “a uma caminhada de distância do posto de fronteira com o Egito”.

Embora parte de Khan Yunis tenha sido atingida, neste sábado, por ataques israelenses, os outros 12 brasileiros que já estavam na cidade, esperando autorização para atravessar a fronteira com o Egito, permanecerão ali.

“Eles moram em Khan Yunis, então não precisavam sair de suas casas e ir para a casa que o governo alugou [em Rafah] para o pessoal que estava na escola da cidade de Gaza”, explicou à Agência Brasil o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, comentando que os dois grupos estão separados por cerca de 13 quilômetros.

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“Mas, assim que abrir a janela da fronteira, permitindo a imigração, a passagem do nosso pessoal, os dois grupos passarão juntos”, assinalou.

Somados os dois grupos, há 14 crianças, oito mulheres adultas e seis homens aguardando, na Palestina, pelo momento de embarcar de volta ao Brasil. Uma aeronave da Presidência da República – um VC-2 com capacidade para até 40 passageiros, mais tripulantes – já está estacionada em Roma, na Itália, à espera do momento oportuno para seguir viagem para o Egito. Em nota, o Itamaraty reafirmou, em Brasília, que segue negociando com as autoridades egípcias para “viabilizar a entrada dos brasileiros e de seus familiares no Egito”.

Até este sábado, o governo brasileiro já resgatou da área de conflito 701 brasileiros e seus familiares, em quatro voos da Força Aérea Brasileira (FAB).

O quinto avião empregado na Operação Voltando em Paz partiu de Tel Aviv às 11h55 (horário de Brasília) deste sábado, trazendo mais 215 pessoas, incluindo nove bebês.

A previsão da FAB é que a aeronave pouse no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no início da madrugada deste domingo (15). Com isso, o total de brasileiros repatriados chegará a 916 pessoas.

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Região de conflito

O Ministério das Relações Exteriores estima que serão necessários ao menos 15 voos para trazer de volta ao país todos os brasileiros que solicitaram ajuda do corpo diplomático para deixar a região do conflito.

Mais de 2,7 mil cidadãos brasileiros atualizaram seus dados pessoais por meio do formulário que a embaixada brasileira em Tel Aviv disponibilizou na internet, mas, conforme o diretor do Departamento Consular do Itamaraty, Aloysio Mares Dias Gomide Filho, explicou na última quarta-feira (11), nem todos manifestaram intenção de deixar a região neste primeiro momento.

Além disso, alguns deles preencheram o formulário mais de uma vez, de forma que o Itamaraty ainda não sabe ao certo quantos, de fato, são os brasileiros na região.

“Verificamos o fenômeno de duplo, até triplo registro. Algumas pessoas estão se inscrevendo mais de duas vezes, em alguns casos. Estamos revendo esta lista, fazendo um pente-fino”, comentou Gomide Filho, frisando que os cidadãos já repatriados estão entre os que responderam o formulário.

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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