MUNDO
Fronteira de Rafah é fechada por questões de “segurança”, diz EUA
MUNDO
A passagem de fronteira de Rafah, em Gaza, para o Egito foi fechada nesta quarta-feira (8), segundo informações do porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel. Segundo ele, o fechamento ocorreu devido a uma “circunstância de segurança” não especificada. Autoridades dos Estados Unidos, segundo a agência Reuters, estão trabalhando para reabrir a passagem.
Havia uma lista de pessoas autorizadas a atravessar a passagem nesta quarta. Dos 601 estrangeiros incluídos na relação, a maioria era de pessoas com passaporte da Ucrânia, 228 ao todo. Em seguida, estão os nacionais das Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).
O ministério das Relações Exteriores do Brasil esperava a saída de 34 brasileiros da Faixa de Gaza para o dia de hoje, conforme garantia dada pelo ministro das relações exteriores de israel, Eli Cohen, ao ministro Mauro Vieira, na semana passada. Mas a inclusão dos Brasileiros não se confirmou.
Em depoimento em vídeo encaminhado para a Agência Brasil, a brasileira Shahed Al-Banna, de 18 anos, mostrou a passagem fechada, em Rafah. Segundo ela, as pessoas que esperavam atravessar a fronteira nesta quarta-feira não conseguiram. As informações que foram passadas no local era que ambulâncias com feridos sairiam primeiro, mas nenhuma ambulância saiu.
“Está cheio de gente que não conseguiu sair hoje. A gente está na esperança de sair amanhã, mas como não tivemos notícia sobre sair hoje ou amanhã, não sabemos”, disse a brasileira que está em Gaza há cerca de 1 ano e meio, desde que foi visitar a mãe que estava doente.
Rafah, que é controlada pelo Egito e não faz fronteira com Israel, é o único ponto de entrega de ajuda humanitária desde que Israel lançou um ataque militar e cerco a Gaza em retaliação a um ataque de militantes do Hamas a partir da faixa costeira, em 7 de Outubro.
As retiradas de portadores de passaportes estrangeiros através da passagem foram suspensas no sábado (4) e domingo (5), após um ataque israelense a uma ambulância que se dirigia para Rafah, mas a passagem foi aberta novamente na segunda e terça-feira.
Nova data
Mais cedo, a diplomacia do Brasil informou aos brasileiros em Gaza que os responsáveis dos países envolvidos na evacuação de civis avisaram às embaixadas que a saída do grupo pela fronteira com o Egito será nesta quinta-feira (9). No entanto, nem o próprio Itamaraty, nem o Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia ocupada, confirmam a informação.
* Com informações da Agência Reuters
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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