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Irã pede que Estados Unidos controlem Israel

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O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã instou, nesta sexta-feira (13), o governo dos Estados Unidos a fazer esforços para “controlar Israel”, sob pena de o conflito Israel-Palestina se converter numa guerra regional. Destruir Gaza, avisou Hossein Amir-Abdollahian, em Beirute, “é um erro grave”.

“A América quer permitir que Israel destrua Gaza e isso é um erro”, afirmou Amir-Abdollahian.

“Se os americanos querem impedir o desenvolvimento da guerra na região, devem controlar Israel”, acentuou o chefe da diplomacia iraniana. Na sequência da ofensiva de que foi alvo no passado sábado (7), Israel se propôs a erradicar o movimento radical palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

“Se os crimes israelitas não forem travados, não sabemos o que vai acontecer”, advertiu o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros.

Ainda segundo Amir-Abdollahian, “a segurança e a paz no Líbano são importantes” para o regime dos ayatollahs, num momento em que cresce o receio de que o Hezbollah xiita libanês venha a constituir uma nova frente contra o estado hebraico.

O reacender do conflito Israel-Palestina causou já perto de três mil mortos em ambos os lados e meio milhão de desabrigados na Faixa de Gaza. Classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, o Hamas tomou em 2007 o controle da Faixa de Gaza, após um conflito fratricida com a Fatah, movimento que domina a Autoridade Palestiniana e cujo poder está circunscrito à Cisjordânia.

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Manifestação no Iraque

Milhares de pessoas promoveram manifestação nesta sexta-feira (13), em Bagdá, em apoio aos palestinos e contra os bombardeios israelitas na Faixa de Gaza, após o ataque do Hamas a Israel no sábado (7).

“Não à ocupação! Não aos Estados Unidos!”, gritavam os manifestantes na praça Tahrir, no coração de Bagdá.

Reunidos a pedido do líder xiita Moqtada Sadr, em apoio a Gaza e contra Israel, os manifestantes agitavam bandeiras da Palestina e do Iraque, enquanto uma enorme bandeira de Israel foi colocada no chão para que os manifestantes a pisassem, segundo um fotógrafo da agência de notícias AFP.

“Esta manifestação visa denunciar o que está acontecendo na Palestina ocupada, o derramamento de sangue e a violação de direitos”, disse à AFP Abou Kayan, organizador e membro do movimento liderado Sadr.

Em torno da praça Tahrir, o movimento de Moqtada Sadr impôs medidas de segurança rigorosas. As forças de segurança iraquianas foram destacadas em grande número para a área da manifestação.

Moqtada Sadr é um opositor do governo do Iraque, mas o movimento de apoio a Gaza se beneficia do suporte explícito do governo iraquiano. A defesa da causa da Palestina tem um amplo consenso no Iraque, um país predominantemente árabe e muçulmano.

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Opressão

O governo do Iraque – apoiado por uma maioria parlamentar de partidos próximos ao Irã, aliado do Hamas – considerou que o ataque lançado sábado contra Israel foi o “resultado natural da opressão sistemática” a que os palestinos estão sujeitos “pela autoridade de ocupação sionista”.

Israel tem concentrado forças junto à Faixa de Gaza numa indicação de uma possível ofensiva terrestre, depois de ter bombardeado o território controlado pelo grupo islamita Hamas nos últimos dias.

A escalada no conflito foi desencadeada pela incursão sem precedentes do Hamas em Israel no sábado, matando civis e militares e fazendo mais de uma centena de reféns, levados para a Faixa de Gaza.

Desde então, o conflito provocou mais de 1,3 mil mortos do lado israelense. Mais de 1,5 mil palestinos morreram. Os bombardeios israelenses provocaram também mais de 423 mil desabrigados na Faixa de Gaza.

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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