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Referendos contestados na Ucrânia entram no último dia

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Um aliado do presidente Vladimir Putin emitiu um novo alerta nuclear para a Ucrânia e o Ocidente, nesta terça-feira (27), quando os referendos anunciados pela Rússia como um prelúdio para anexar quatro regiões ucranianas entraram em seu quinto e último dia.

A mais recente polêmica de Moscou envolve uma investigação por países europeus sobre vazamentos inexplicáveis ​​em dois gasodutos russos sob o Mar Báltico, o que dificultará os esforços para retomar a linha principal que leva o gás russo para a Alemanha.

O Kremlin, que culpou problemas técnicos por cortes anteriores no fornecimento de gás russo para a Europa, disse que não pode descartar sabotagem, mas não disse por quem e pediu uma investigação.

O confronto da Rússia com o Ocidente aumentou a inflação global e acentuou as crises energética e alimentar em muitos países desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, que foi recebida com duras sanções ocidentais e medidas de retaliação russas.

O alerta nuclear de terça-feira por Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, é um dos vários emitidos por Putin e seus aliados nas últimas semanas.

Analistas dizem que eles visam deter a Ucrânia e o Ocidente, sugerindo uma prontidão para usar armas nucleares táticas para defender o território recém-anexado, onde as forças russas enfrentaram fortes contraofensivas ucranianas nas últimas semanas.

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A advertência de Medvedev difere das anteriores, pois ele previu pela primeira vez que a aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não arriscaria uma guerra nuclear ao entrar diretamente na guerra da Ucrânia, mesmo se Moscou atacasse a Ucrânia com armas nucleares.

“Acredito que a Otan não interferiria diretamente no conflito, mesmo neste cenário”, disse Medvedev em um post na rede social Telegram. “Os demagogos do outro lado do oceano e na Europa não vão morrer em um apocalipse nuclear.”

Referendos

A votação sobre adesão à Rússia em quatro regiões ucranianas parcialmente controladas por Moscou – Kherson, Luhansk, Donetsk e Zaporizhzhia – entrou em seu quinto e último dia. O Ocidente disse que não reconhecerá o resultado do que considera referendos fraudulentos ilegais.

Autoridades do governo russo têm alertado repetidamente que podem usar armas nucleares para defender o novo território se as forças de Kiev, que já controlam parte dele, tentarem tomar o que Moscou diz que em breve considerará seu território soberano.

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A Otan e os Estados Unidos não detalharam publicamente como responderiam a um ataque nuclear russo à Ucrânia, mas Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, disse à CBS no domingo que Washington havia explicado a Moscou o que ele descreveu como “consequências catastróficas” para a Rússia.

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou em entrevista ao jornal suíço Blick que a Ucrânia está se preparando para a possibilidade de um ataque nuclear russo, mas disse que o ônus recai sobre os Estados com armas nucleares para deter a Rússia.

“Para onde exatamente devemos enviar as pessoas no caso de um ataque nuclear russo contra a Ucrânia?” ele perguntou. “É por isso que o uso de armas nucleares é uma questão de segurança global – isso não é mais apenas sobre a Ucrânia.”

Podolyak disse na mesma entrevista que os ucranianos que ajudaram a Rússia a organizar os referendos de anexação enfrentariam acusações de traição e pelo menos cinco anos de prisão.

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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