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Câmara aprova moção de repúdio à guerra na Ucrânia

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Marcelo Ramos PSD-AM
Sessão do Plenário da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) uma moção contra a guerra na Ucrânia. “O povo brasileiro exige desta Casa, da Câmara dos Deputados, que representa a população, um posicionamento. Nós não podemos ser favoráveis a essa carnificina, a essa humilhação que o povo ucraniano está vivendo neste momento”, disse o autor do requerimento de moção, deputado Danilo Forte (PSDB-CE).

Para votar a matéria, o 1º vice-presidente da Casa, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), exigiu que houvesse consenso dos partidos sobre o texto, já que esse tipo de moção, sobre assuntos internacionais, deveria ser de iniciativa da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Após discordância das lideranças partidárias, Danilo Forte retirou do texto anteriormente apresentado críticas específicas à Rússia, já que não citava a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como agravante do contexto geopolítico da região.

A justificativa do texto diz que a Câmara “endossa que todos os Estados devem manter sua autonomia e preservar seus territórios, garantindo o bem estar das gerações atuais e futuras”.

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“É inadmissível que nós tenhamos avançado tanto na tecnologia da informação, no diálogo entre as nações, com instituições sólidas como a ONU e, neste momento, nos depararmos com a barbárie da guerra”, afirmou Danilo Forte.

Direitos fundamentais
O texto aprovado afirma que a Câmara reforça que as relações entre os países deve ser pautada no diálogo, com respeito aos direitos fundamentais do homem e internacionais de independência das nações.

“O verdadeiro diálogo é a procura do bem com meios pacíficos e a vontade determinada de se recorrer a todas as fórmulas possíveis de negociações e soluções diplomáticas. Pelo fim guerra, das hostilidades, pelo cessar fogo e pela paz”, diz o texto.

Danilo Forte lembrou ainda que o Brasil sempre se pautou, nas relações internacionais, pela busca do diálogo. “Uma nação pacifista como a nossa, que teve um papel importante na construção da Organização das Nações Unidas, não pode se negar, em momento algum, em ser solidária, pelo seu espírito cristão, com as pessoas que estão padecendo, que estão amedrontadas, que estão sendo violadas no seu principal direito, que é o direito a ter uma vida pacificada”, disse.

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A oposição contestou a versão inicial do pedido de moção. Para o líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), trata-se de uma guerra entre dois países capitalistas. “A crise dos mísseis de Cuba na verdade ocorreu porque os Estados Unidos primeiramente colocaram mísseis na Turquia”, lembrou.

Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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