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Câmara aprova projeto que cria o Selo Cidade Mulher

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A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria o Selo Cidade Mulher, a ser conferido anualmente para os municípios que se destacarem na adesão às políticas públicas para as mulheres. A proposta será enviada ao Senado.

O texto aprovado em Plenário nesta terça-feira (2) é um substitutivo da relatora, deputada Daniela Reinehr (PL-SC), para o Projeto de Lei 2549/24, da deputada Nely Aquino (Pode-MG).

Critérios
A adesão será avaliada pelo cumprimento e engajamento da cidade na efetividade de suas políticas, segundo alguns critérios. Caberá ao Poder Executivo editar um regulamento definindo o número de selos anuais e os critérios da pontuação para conferir o título.

A banca julgadora deverá levar em conta a efetividade dos benefícios produzidos pelas políticas públicas municipais implementadas em favor da melhoria das condições de vida e bem-estar das mulheres.

A todo caso, o substitutivo define alguns critérios que serão levados em conta:

  • busca da igualdade efetiva entre mulheres e homens, em todos os âmbitos;
  • combate a todas as formas de discriminação;
  • universalidade dos serviços e benefícios ofertados pelo Estado;
  • participação ativa das mulheres em todas as fases das políticas públicas; e
  • transversalidade como princípio orientador de todas as políticas públicas.

O deputado Reimont (PT-RJ) lamentou a retirada de alguns critérios previstos no texto original do projeto, como o respeito à diversidade e a proteção de direitos sexuais e reprodutivos. A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) também criticou a exclusão desses pontos. “Vocês acham que uma cidade que não respeita as mulheres lésbicas, negras ou quilombolas é amiga das mulheres?”, questionou.

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Também foi retirado do texto o caráter laico do Estado como um dos critérios para avaliar a adesão do município ao Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu a exclusão desse ponto que, segundo ele, faz parte de uma agenda “silenciosa e gradual” para tirar o que ainda há de cristianismo no Brasil, de valores e princípios. Já a deputada Fernanda Melchionna afirmou que excluir o caráter laico do Estado da proposta remete a uma ideia ultrapassada, pré-Revolução Francesa.

Para a relatora, deputada Daniela Reinehr, os elementos retirados já são textos constitucionais e são redundantes no projeto. Segundo ela, o projeto concretiza os princípios da solidariedade, da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamentais das mulheres.

Grau de adesão
O texto aprovado também define que o grau de adesão, engajamento e envolvimento do município no cumprimento das determinações do Pacto de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres envolverá, além da assinatura desse documento, a análise de como a cidade atua no combate à exploração sexual de meninas e adolescentes e ao tráfico de mulheres e também na promoção dos direitos humanos das mulheres em situação de prisão.

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Secretaria da Mulher
Após negociações de última hora, a relatora aceitou colocar novamente no texto trecho do projeto original que faz referência à possibilidade de criação de organismos municipais de políticas para as mulheres, como uma secretaria municipal da Mulher.

A reinclusão atendeu a pedido da autora da proposta, deputada Nely Aquino. “Se retirar essa parte, haverá um prejuízo muito grande, saímos com um projeto que não vai atender o que precisamos”, afirmou.

Ao defender o projeto, Nely Aquino disse que hoje o feminicídio é naturalizado no Brasil. “O número de mulheres mortas todos os dias é enorme no País. O projeto é mais amplo, mas a discussão prioritária é em relação ao feminicídio”, declarou.

O deputado Reimont lembrou o caso de uma sobrinha que levou seis tiros do namorado em Belo Horizonte. “Homens muitas vezes em nome de moral, bons costumes, da tradicional família brasileira, acabam achando que são proprietários de suas companheiras e as violentam sistematicamente.”

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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