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CCJ aprova admissibilidade de proposta que reduz contribuições dos municípios à metade

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POLITÍCA NACIONAL

Bruno Spada/ Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária - Discussão e votação de propostas legislativas
Prefeitos de todo País acompanharam reunião da CCJ nesta quarta-feira

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 14/22, que reduz pela metade contribuições que financiam a seguridade social.

De acordo com o texto, as contribuições sociais que devem ser pagas pelo empregador, a empresa ou a entidade a ela equiparada na forma da lei – que incidem sobre a folha de salários, a receita ou faturamento e o lucro – deverão ser cortadas pela metade quando se tratar de municípios.

A votação na CCJ foi acompanhada por prefeitos que reivindicavam a aprovação do texto. Porém, a proposta não obteve unanimidade entre os parlamentares.

Para o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), a PEC é importante, mas inoportuna. “Nós acabamos de ter o resultado de uma eleição presidencial, há uma comissão de transição instalada, levantando e fazendo diagnóstico dos principais desafios do Brasil, e esse é um ponto que seguramente está sendo tratado pela comissão de transição. Além disso, nós entendemos que esse assunto deve ser debatido dentro de uma ampla reforma tributária”, defendeu o parlamentar.

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O autor da proposta, deputado Cacá Leão (PP-BA), por outro lado, afirmou que seu texto busca fazer justiça. “O que acontece hoje é que essa alíquota de 22,5% é impagável. Os municípios brasileiros não conseguem cumprir com as suas obrigações e isso faz com que essa responsabilidade acabe sendo jogada para frente, parcelamentos são feitos para outras gestões”, afirmou. O deputado disse, ainda, que é preciso ouvir o novo governo, mas que confia na municipalidade da gestão que se iniciará em primeiro de janeiro. 

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) acredita que os servidores serão prejudicados. “Os servidores públicos que vão ser penalizados nos municípios se faltarem recursos no Regime Próprio de Previdência Social na hora da aposentadoria, e isso já tem acontecido nos municípios brasileiros. E as dívidas, feitas porque lá atrás, há mais de 30 anos, as prefeituras não pagavam a sua parte no INSS, são proteladas por vários anos e quem tem pagado a conta é o servidor”, criticou. 

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Relator da PEC, o deputado Rodrigo de Castro (União-MG) defendeu que o texto busca ajudar as cidades brasileiras a investir em outras áreas. “Nós assistimos hoje a um verdadeiro estrangulamento dos municípios, cada vez mais atribuições, mais gastos, e menos condições de fazê-los. Vai facilitar muito para que os municípios possam cumprir as suas obrigações de educação, saúde, infraestrutura, enfim, para que eles possam administrar melhor as suas obrigações”, argumentou. 

A proposta ainda depende de análise por uma comissão especial e, depois, pelo Plenário, em dois turnos de votação.

Reportagem – Paula Bittar
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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