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Comissão vai discutir impacto de venda da Refinaria de Manaus em aumento de combustíveis

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Juarez Cavalcanti/Agência Petrobras
Refinaria Isac Sabbá, às margens do Rio Negro: produção de 46 mil barris de petróleo por dia

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados vai realizar audiência pública nesta quarta-feira (15) para discutir o impacto da venda da Refinaria Isaac Sabbá, também conhecida como Refinaria de Manaua (Reman), no aumento dos combustíveis.

O deputado José Ricardo (PT-AM), que solicitou a audiência pública, lembra que a Refinaria de Manaus é a única da Região Norte. Ele teme o desabastecimento e aumento de preços com a gestão privada. “Acreditamos que os efeitos do atual processo de redução dos investimentos e venda de ativos da Petrobras provocará forte desarticulação do complexo industrial nascente, com aumento do desemprego e redução da geração de renda local”, alerta.

Outras consequências, segundo o parlamentar, seriam a redução da arrecadação de impostos em royalties e participações especiais do estado e municípios, que receberam R$ 300 milhões em 2020.

Convidados
Foram convidados a participar do evento:

  • o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida;
  • o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro Macedo;
  • o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho;
  • o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar;
  • o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas (Sindipetro-AM), Marcus Ribeiro;
  • a pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) Carla Ferreira;
  • o analista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Cloviomar Cararini.
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Concorrência
A refinaria Isaac Sabbá opera desde o ano 2000 com capacidade de processamento de 7,3 milhões de litros de petróleo por dia, o equivalente a 46 mil barris. A refinaria é autossuficiente em energia, dispondo de uma central termoelétrica que produz e distribui 5,8 megawatts, uma capacidade suficiente para atender a demanda por energia de uma cidade com 35 mil habitantes.

A venda da refinaria foi recomendada pelo Cade com o objetivo de aumentar a concorrência no mercado interno. O Grupo Atem, que já atua na distribuição de combustíveis no Amazonas, adquiriu a empresa em agosto de 2021, por US$ 189,5 milhões, ou cerca de R$ 966 milhões. No entanto, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou com um recurso no Cade para tentar reverter a venda da refinaria da Petrobras em Manaus.

Local e horário
A reunião ocorrerá às 14h30, no plenário 11.

Da Redação/FB

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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