POLITÍCA NACIONAL
Conselho de Ética arquiva processo contra Jandira Feghali e ouve defesa de Delegado Da Cunha
POLITÍCA NACIONAL
Por 14 votos a 2, o Conselho de Ética aprovou nesta quarta-feira (8) o arquivamento do processo (Rep. 25/23) em que o PL pedia punição à deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) por suposta quebra do decoro parlamentar ao chamar de “moleque” o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). A discussão entre os dois ocorreu em setembro do ano passado, durante reunião da CPMI que investigava os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Em reunião anterior, o relator do caso, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), já havia apresentado parecer no qual cita a imunidade parlamentar prevista na Constituição para proteger opiniões, palavras e votos no exercício do mandato. Diante disso, Magalhães argumentou não haver justa causa para manter o processo contra Jandira Feghali.
Delegado Da Cunha
O Conselho de Ética também começou a analisar o parecer preliminar do processo (Rep. 3/24) em que o Psol pede a perda do mandato do deputado Delegado da Cunha (PP-SP) por suposta agressão à ex-companheira, conforme vídeo mostrado no programa “Fantástico”, da TV Globo. O Psol o acusa de violências doméstica e de gênero com base em constatações do IML e do Ministério Público. Após protocolar defesa prévia em 6 de maio, Da Cunha compareceu hoje ao conselho para dar sua versão. Lembrou que o processo corre em segredo de Justiça e admitiu apenas troca de agressão verbal entre ele, que é professor de defesa pessoal na academia de polícia, e a ex-companheira, que é praticante de artes marciais.
“Houve uma contenção técnica e não houve nenhuma agressão. O conjunto probatório dos autos, que corre em segredo de Justiça, demonstra que a versão divulgada até agora pela imprensa é distorcida, amplificada e não busca a elucidação do fato, mas sim a espetacularização e a diminuição da imagem deste deputado”, disse Da Cunha.
Por não ver conexão do caso com o mandato parlamentar, o relator, deputado Albuquerque (Republicanos-RR), apresentou parecer preliminar que não reconhece justa causa para a cassação de Da Cunha.
“Embora se reconheça a gravidade dos fatos, a representação não demonstra a relação entre os fatos imputados e o desempenho do mandato. Portanto, não resta outra opção a não ser esperar o trânsito em julgado da ação penal”.
O relator sugeriu uma sanção verbal.
“Entretanto, a atividade de buscar diálogo com a mãe da vítima para evitar a divulgação do vídeo, utilizando-se supostamente do medo de perder o mandato com argumento dissuasório, buscando que a vítima deixasse de fazer ato que pudesse prejudicá-lo merece censura”.
Para o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), não há clareza sobre a posição do relator.
“Foi declarada a inadmissibilidade, o arquivamento. Soa estranho. E já se anuncia uma sanção disciplinar. Eu vejo uma certa contradição aí, mas vamos discutir isso no debate da matéria”.
Três deputados – Josenildo (PDT-AP), Jorge Solla (PT-BA) e Paulo Magalhães (PSD-BA) – pediram vista (2 dias úteis) para analisar o relatório mais profundamente. O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), esclareceu a sequência da análise do processo contra o deputado Delegado Da Cunha.
“A conclusão do voto do relator é muito clara pelo arquivamento. Tem sido usual, aqui dentro do Conselho de Ética, a utilização da censura verbal em alguns casos. Com o pedido de vista, pode-se ratificar ou não o voto do relator pela admissibilidade, pela sanção ou não sanção. Isso pode vir por um voto em separado”.
Fernanda Melchionna
O presidente do conselho ainda anunciou o deputado Julio Arcoverde (PP-PI) como relator do processo (Rep. 2/24) em que o PL pede a cassação do mandato da deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) por agressão verbal a parlamentares do partido durante reunião da Comissão de Segurança Pública.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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