POLITÍCA NACIONAL
Debatedores alertam para a necessidade de recuperar zonas históricas de Brasília
POLITÍCA NACIONAL
Participantes de sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados alertaram nesta sexta-feira (30) para a necessidade de recuperar locais que compõem o patrimônio histórico e cultural de Brasília. Eles observaram que os atos terroristas à zona central da cidade no dia 8 de janeiro chamaram atenção para a preservação de outros locais de importância histórica, como a Vila Planalto, berço da construção da capital.
O evento homenageou os pioneiros da construção de Brasília, conhecidos como candangos.
Para o arquiteto e professor da Universidade de Brasília (UnB) José Carlos Coutinho, o patrimônio histórico da capital “aos poucos vai desaparecendo” pelo “mal uso” e “desprezo” de pessoas que teriam responsabilidade de preservá-lo.
“Não apenas o patrimônio monumental, mas o patrimônio informal, que é o símbolo da presença daqueles que construíram Brasília no sentido braçal da palavra. Aqueles que suaram o seu suor na construção de Brasília”, frisou Coutinho.

Núcleo histórico
Entre os locais que merecem atenção do poder público, ele citou a Vila Planalto, que teve sua igreja restaurada após incêndio no início dos anos 2000; a Fazendinha, que serviu de residência de ministros de Estado e atualmente necessita de reformas; e a Vila Metropolitana, junto ao Núcleo Bandeirante.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), que solicitou o debate, os atentados de 8 de janeiro devem servir de alerta aos gestores de Brasília. “É inadmissível que tenhamos qualquer diminuição no Fundo Constitucional do Distrito Federal porque ele existe para que nós possamos lembrar e financiar a capital da República”, disse.
“A capital da República é muito mais que palácios, ela é construída por um povo que está nas dobras da cidade, que está todos os dias movimentando o Distrito Federal, que carrega o seu suor, a sua força e as suas expressões culturais”, complementou a parlamentar.
O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, falou que o órgão vai apresentar projeto com ênfase na restauração da Fazendinha, além da criação de memorial na zona central da cidade, considerado patrimônio cultura mundial pela Unesco.
“Estamos pensando em uma forma de preservar todo o material sobre as pessoas que fizeram a história de Brasília, na forma de cinemateca, além de um memorial sobre os ataques ocorridos no 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes”, disse Grass.
Vila Planalto
Símbolo do início da construção de Brasília, no final dos anos 50, a Vila Planalto está situada entre os três palácios mais importantes da capital, o Alvorada, o Planalto e o Jaburu. Apesar da localização privilegiada, o local é desconhecido por muitos brasilienses e brasileiros, observou a socióloga Leiliane Rebouças.
Para contornar esse esquecimento, Rebouças lançou o livro “Vizinhos do Poder -História de Memória da Vila Planalto”. “Quis registrar a história das pessoas comuns que construíram esta cidade, que muitas vezes ficam relegadas ao esquecimento”, declarou.
Ela relatou que os dois primeiros acampamentos da Vila serviram de base para construção do primeiro hotel, Brasília Palace, e do Palácio da Alvorada, que comemora 65 anos nesta sexta-feira (30).
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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