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Deputados defendem mais recursos federais para Samu em debate na Comissão de Orçamento

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Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública – do financiamento tripartite do Programa de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU. Dep. Leandre PSD - PR
Deputada Leandre: sem ampliação do financiamento, o Samu pode parar

Deputados defenderam nesta terça-feira (28), em audiência pública, o reajuste dos repasses do governo federal para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), programa que presta socorro à população em casos de emergência.

Na avaliação dos parlamentares, sem reforço na dotação orçamentária, o serviço corre o risco de paralisação em todo o País.

“Se nós não fizermos a ampliação de financiamento para o Samu, esse serviço vai parar. Não tem mais aonde os municípios buscarem recurso livres”, disse a deputada Leandre (PSD-PR), que propôs o debate na Comissão Mista de Orçamento.

Atualmente, o Samu é financiado pela União, estados e municípios, de forma tripartite. A União entra com a maior parte (50%, conforme uma portaria do Ministério da Saúde). Mas, devido à falta de reajuste nos repasses (o último ocorreu em 2013), a participação dos estados e municípios no custeio do serviço subiu nos últimos anos. A crise no financiamento foi agravada com a pandemia.

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) também cobrou mais recursos para o Samu. Ela afirmou que o serviço precisa de renovação da frota de ambulâncias. A atual tem em média sete anos de uso, conforme dados do Ministério da Saúde.

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“Não dá para a gente imaginar 2023 com o orçamento deste ano e apenas a correção do IPCA”, disse Zanotto, que foi acompanhada pelo deputado Paulo Guedes (PT-MG).

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública – do financiamento tripartite do Programa de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU. Lilian Santos Barreto - PRESIDENTE DA REDE NACIONAL DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Lilian Barreto disse que governo está fazendo estudos para ampliar repasses ao Samu

Estudo econômico
A representante do Ministério da Saúde no debate, Lilian Barreto, admitiu que os valores precisam de reajuste. “A nossa dotação tem acompanhado de forma muito tímida, posso reconhecer, a expansão do programa no País”, disse ela, responsável pela Coordenação-Geral de Urgência do ministério.

Ela adiantou aos deputados que a pasta vem realizando um estudo econômico sobre os custos do serviço e o impacto orçamentário da ampliação do valor. A deputada Leandre pediu pressa na conclusão do estudo, para que ele possa subsidiar a discussão da proposta orçamentária, que chega ao Congresso Nacional em agosto.

Insumos médicos
Também presente à audiência pública, a coordenadora do consórcio responsável pela gestão do Samu 192 no sudoeste do Paraná (Ciruspar), Kelly Custódio dos Santos, afirmou que, além da defasagem dos repasses do governo, o Samu foi impactado pelo aumento dos custos dos insumos médicos.

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Segundo ela, sem aumento nos repasses da União, poderá haver descontinuidade no programa. “Não sabemos até quando os municípios vão arcar com os custos. O que a gente vê Brasil afora é uma descaracterização do Samu. Está sendo descaracterizado pela questão do custeio”, disse Santos.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública – do financiamento tripartite do Programa de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU. Kelly Custódio dos Santos - REPRESENTANTE DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DA REDE DE URGÊNCIA DO SUDOESTE DO PARANÁ
Kelly dos Santos: repasses defasados e insumos médicos mais caros

O custeio do Samu 192 acumula uma defasagem de quase 60%, segundo Santos, valor que reflete a inflação acumulada desde 2014. O valor repassado pela União para cerca de 1,5 mil municípios equivale a apenas R$ 6,81 por pessoa/ano. Para este ano, o orçamento total destinado ao programa é de R$ 1,22 bilhão, um aumento nominal de 1,5% em relação a 2021.

No total, o serviço alcança 3,8 mil munícipios. O Samu conta com 3,6 mil ambulâncias, entre básicas e avançadas, além de ‘motolâncias’, ‘ambulanchas’ e socorro aeromédico.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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