POLITÍCA NACIONAL
Deputados pedem que a PEC da Transição inclua recursos para tratamento do câncer
POLITÍCA NACIONAL

Foi aprovado nesta quarta-feira (7) relatório final da Comissão Especial de Combate ao Câncer criada pela da Câmara dos Deputados. A doença é responsável por mais de 225 mil mortes por ano no país. Durante a reunião, os deputados cobraram que seja incluído na PEC da Transição – proposta que libera espaço no Orçamento de 2023 para programas sociais e o aumento real do salário mínimo – uma rubrica específica para o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde (SUS).
Relatora da matéria, a deputada Silvia Cristina (PL-RO) estima que o impacto financeiro para habilitar a quantidade necessária de estabelecimentos em oncologia seria de R$ 1,9 bilhão por ano. Essa estimativa inclui a ampliação da oferta pela rede pública de radioterapia, quimioterapia, cirurgias, entre outros tratamentos.
“É possível, nós só precisamos dessa atenção para que as coisas aconteçam. É claro que o orçamento está meio rachado, estamos em uma transição, mas a gente continua lutando, porque temos sensibilidade”, defendeu a parlamentar que já passou por tratamento de câncer.
Baixo investimento
Ex-ministro da Saúde, o médico oncologista Nelson Teich frisou a diferença dos recursos financeiros aplicados pela rede pública por pessoa no Brasil comparado às maiores economias do mundo. Segundo ele, o SUS gastou por pessoa, em 2021, R$1,8 mil; os Estados Unidos, R$ 47 mil; a Alemanha, R$ 28,7 mil; o Reino Unido, R$ 21 mil.
No entanto, Teich fez a ressalva de que o aumento de recursos por si só não soluciona a questão, será necessário uma gestão eficiente. “Qualquer abordagem amadora da gestão não vai levar a nada, a gente vai continuar falando e escrevendo coisas, mas nunca vai chegar à sociedade”, disse.

Acessibilidade
Para o deputado Weliton Prado (Pros-MG), a previsão orçamentária poderia facilitar a realização na rede pública de exames como o Pet Scan, que permitem avaliar o estágio do tumor, e portanto a eficácia do tratamento.
“Os métodos mais modernos, os medicamentos que já estão disponibilizados na rede particular, infelizmente não chegam no SUS para os pacientes mais pobres”, frisou o parlamentar que presidiu a comissão.
Na mesma linha, falou a deputada Tereza Nelma (PSD-AL), que está em tratamento de câncer: “Eu só estou aqui, após cinco cânceres, porque sempre foi descoberto no início, porque eu tenho um plano de saúde, e essa não é a realidade do nosso país”.
Política Nacional
Entre outras medidas, o texto aprovado pela comissão propõe a criação de Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do SUS, a ser aprovada em lei, em substituição à atual política pública regida por portaria do Ministério da Saúde.
Um dos objetivos da nova política é centralizar a compra de medicamentos usados no tratamento do câncer no Ministério da Saúde, que será responsável por repassá-los às secretarias de saúde estaduais para serem distribuídos aos estabelecimentos habilitados para tratamento oncológico no SUS.
Pelo sistema atual, o fornecimento desses remédios é feito por hospitais habilitados pelo SUS, sejam eles públicos ou privados, os quais são ressarcidos pelo Ministério da Saúde. Após aprovação pela pasta, o remédio deve estar disponível para o paciente em 180 dias.
O parecer da deputada Silvia Cristina também determina que o financiamento federal da assistência oncológica no SUS deverá prever recursos adicionais para diminuir as disparidades regionais de controle da doença. Nesse ponto, estados e municípios devem aportar recursos em procedimentos com oferta ainda insuficiente.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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