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Diagnóstico do gabinete de transição foi elaborado com a participação de deputados em grupos técnicos

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O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, começa o governo em janeiro já com um diagnóstico sobre como estão as políticas públicas nas diferentes áreas. O levantamento, feito a partir do trabalho da equipe do governo de transição, contou com a participação de deputados de diferentes partidos no âmbito dos 33 grupos técnicos.

Finalizado no último dia 11, após 23 dias de trabalho, o levantamento do gabinete de transição apresenta sugestões de ações iniciais.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Sessão Deliberativa Extraordinária (semipresencial). Dep. Enio Verri(PT - PR)
Enio Verri participou do grupo Planejamento, Orçamento e Gestão

Pela lei, o novo governo tem direito a conhecer a situação da administração pública antes de tomar posse e, para isso, pode nomear 50 pessoas. O governo eleito nomeou cerca de 20 pessoas, mas teve a participação de mais de 900 voluntários.

Boa parte do diagnóstico foi consumida pelo levantamento das carências orçamentárias das diversas áreas. O deputado Enio Verri (PT-PR), que participou do grupo Planejamento, Orçamento e Gestão, disse que uma das principais ações do novo governo será o desmembramento do Ministério da Economia com a volta do Ministério do Planejamento.

“[O Ministério da Economia] priorizou uma visão de curto prazo da economia brasileira. Ou seja, preocupada só com o overnight, com o que vai acontecer amanhã: bolsa de valores, Banco Central, variação cambial, esse tipo de coisa. Já o planejamento tem um papel estratégico para o País. Tanto que, desde a ditadura militar, o Ministério do Planejamento tem um papel estratégico, que é pensar o Brasil a longo prazo, pensar o País na sua relação com os outros países. E quais políticas ele pode coordenar com outros ministérios para a redução da miséria”, disse Enio Verri.

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A deputada Tereza Nelma (PSD-AL), do grupo Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ressaltou que a campanha de Lula foi centrada no combate à miséria e, por isso, a prioridade número 1 é a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e a adição de uma parcela de R$ 150 por filho menor de 6 anos. O auxílio voltará a se chamar Bolsa Família.

A deputada afirmou, no entanto, que o programa terá que estar envolto em uma preocupação social maior com cada grupo familiar como, segundo ela, já havia com o Bolsa Família.

“De início, a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar com a redefinição do Bolsa Família. Porque ele vai voltar, mas também com suas condicionalidades. Precisamos valorizar e demonstrar para essa família o quanto se faz necessário que ela também tenha a sua independência e o seu trabalho”, disse a parlamentar.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Proposições Remanescentes do dia Anterior. Dep. Tereza Nelma (PSD - AL)
Tereza Nelma integrou o grupo Desenvolvimento Social e Combate à Fome

O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), que participou do grupo de Meio Ambiente, acredita que existem medidas para frear o desmatamento de maneira imediata. “É um sonho da área ambiental, há muito tempo, efetivar ações remotas de combate ao desmatamento. Nós temos todas as terras privadas já cadastradas no cadastro ambiental rural. Então a gente sabe quem está desmatando em área privada. E muitas ações remotas, como o embargo remoto e a autuação remota, podem acontecer logo no início do ano”, afirmou.

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Rodrigo Agostinho também falou que o novo governo deve voltar com colegiados que traziam a sociedade para dentro da administração pública. “A participação social, o controle social e a transparência vão voltar para as políticas ambientais. Importantes colegiados foram desativados no último governo, como o Conselho Nacional de Meio Ambiente e a Comissão Nacional de Biodiversidade. Inúmeros comitês. E a ideia é voltar com a participação social.”

Vários grupos relataram carência de recursos nos setores avaliados, como a inadimplência do governo brasileiro junto a organismos internacionais e a falta de reajustes para as bolsas de pós-graduação.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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