POLITÍCA NACIONAL
Em discursos no Plenário, deputados comentam taxa de juros e alta do dólar
POLITÍCA NACIONAL
Em discursos no Plenário da Câmara, deputados comentaram críticas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à decisão de junho do Banco Central (BC) de manter a Selic, taxa básica de juros, em 10,5%, e a relação entre as falas e o aumento da cotação do dólar. A moeda norte-americana fechou nesta terça-feira (2) cotada a R$ 5,66. “Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. Há uma especulação”, disse Lula, em entrevista a uma rádio baiana nesta terça.
Segundo o deputado Luiz Lima (PL-RJ), o fato de mesmo os quatro indicados pelo Executivo para compor o Comitê de Política Monetária (Copom) terem votado pela manutenção da taxa de juros indica tecnicidade na decisão. “Até os indicados por ele viram que é uma temeridade um presidente criticar o Banco Central, fomentar a figura da inflação, fazer com que o dólar suba e o Banco Central fique aí perdido nessa irresponsabilidade fiscal do governo federal”, disse. O Copom é o órgão do BC formado por nove membros que define a taxa Selic a cada 45 dias.
Para o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), vice-líder da oposição, o Executivo ficará sem um “bode expiatório” para culpar com o fim do mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, em dezembro. “Lula vai indicar um novo presidente do Banco Central e, a julgar pela indicação dos conselheiros, esse novo presidente vai manter a política do atual, a contragosto de Lula, ou vai bancar a irracionalidade e, assim, afundar o Brasil ainda mais.”
Indicadores positivos
Já a deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), que é presidente do PT, afirmou que os indicadores econômicos do governo estão muito melhores que as expectativas do mercado, anunciadas no boletim Focus (com previsões de cerca de 120 instituições financeiras). “O Boletim Focus dizia, no início de 2023, que a economia cresceria apenas 0,65% e que a inflação, em 2023, fecharia em 5,36%. Pois bem, no final de 2023, o PIB, sob o governo Lula, cresceu 2,9%, e a inflação caiu para 4,62%”, afirmou.
Segundo Gleisi Hoffmann, não é compreensível que o mercado financeiro e a imprensa fiquem apreensivos. “Dizem que o dólar está subindo, porque o presidente está falando muito, que deveria se calar. O presidente da República não tem que se calar, ele tem que falar as verdades”, disse a deputada, ao criticar Campos Neto.

Para o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), o Banco Central deveria intervir na política de câmbio para reduzir a valorização do dólar frente ao real. “Eles querem comprar uma crise. Isso não faz sentido! O Brasil tem 350 bilhões de dólares em reservas cambiais. Ele poderia fazer swap cambial, ele sabe que um dólar alto pode puxar a inflação. O compromisso maior do Banco Central é a estabilidade monetária”, disse.
Lindbergh Farias afirmou que, durante a gestão Bolsonaro, o Banco Central vendeu 70 bilhões de dólares das reservas cambiais para intervir no câmbio e agora “está de braços cruzados”.
Campos Neto estaria agindo como um “regente de chantagem”, na opinião do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA). “É preciso que o presidente Campos Neto tenha responsabilidade à altura do cargo elevado que exerce em nosso País. Não atrapalhe, protegendo lucros, protegendo juros, protegendo a especulação no Brasil.”
O deputado José Nelto (PP-GO) ressaltou que a taxa de desemprego está baixa, mas considera que a alta do dólar pode prejudicar a economia. Ele afirmou que a queda de braço entre o mercado, o presidente da República e o presidente do Banco Central não é boa para o povo brasileiro. “Quando sobe o dólar, sobe a inflação, há perda do poder aquisitivo”, disse.
A taxa de desemprego atingiu 7,1% no trimestre encerrado em maio (março, abril e maio), segundo o IBGE, o menor nível para o período desde 2014.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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