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Em sessão solene na Câmara, especialistas apontam desafios diante do envelhecimento da população

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POLITÍCA NACIONAL

Ao mesmo tempo em que celebrou o Dia Mundial do Idoso e os 20 anos do Estatuto do Idoso, comemorados em 1º de outubro, sessão solene da Câmara dos Deputados lembrou os desafios para que a inversão da pirâmide etária do País, com o envelhecimento acelerado da população, não resulte em perda de qualidade de vida.

De acordo com a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Lígia Gualberto, a manutenção da qualidade de vida passa pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com financiamento adequado e valorização das equipes de atenção básica.

“Quando cuidamos da saúde da pessoa idosa, precisamos cuidar também de todo o curso de vida. Não adianta apenas garantirmos e pensarmos no lado hospitalar, em leitos, na doença em si. Precisamos cuidar da pessoa na garantia, na preservação e na recuperação de sua autonomia e independência, como rege a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa”, enfatizou.

Vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara, o deputado Castro Neto (PSD-PI) ressaltou que a atenção aos mais velhos ainda não está no centro do debate nem no Congresso nem na sociedade e que são necessárias ações para modificar o futuro da população.

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“Nós passamos os últimos 30 anos construindo escolas, construindo creches, construindo universidades. E as pessoas hoje vivem além do limite da aposentadoria: mais 10 anos, mais 20, mais 30. E o que essas pessoas vão fazer? Qual vai ser a política pública que, não só o Brasil, mas o mundo vai ter nesse sentido?”, questionou o deputado.

Desafios
Parlamentares que participaram da homenagem, como o deputado Ossesio Silva (Republicanos-PE), lembraram que é preciso sensibilizar a sociedade para as necessidades do público maduro. Ele citou dados do IBGE de 2022 que contabilizam 33 milhões de idosos no Brasil.

A deputada Flávia Morais (PDT-GO) apontou dois desafios: trabalhar pelo envelhecimento ativo e saudável e combater a violência.

Delegada-chefe adjunta de uma unidade da Polícia Civil do DF voltada para grupos vulneráveis, como idosos e a população LGBTQIA+, Cyntia de Carvalho e Silva salientou a importância de aprovar projeto do Senado (PL 4438/21) que estabelece a aplicação de medidas protetivas de urgência em casos de violência contra o idoso e defendeu a instalação de mais delegacias especializadas em todo o País, funcionando 24 horas por dia.

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“Ao contrário da violência doméstica contra a mulher, em que existe a figura do ex-marido, na violência contra a pessoa idosa não existe ex-filho. Percebi que precisamos desenvolver uma investigação diferente, aquela que não esteja centrada apenas na prisão do agressor, mas também e principalmente na empatia, na escuta ativa e no acolhimento das dores da pessoa idosa, o que eu chamo de investigação protetiva”, explicou.

Para o presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa, Raphael Castelo Branco, várias políticas públicas são decorrentes tanto da Constituição de 88 quanto do Estatuto do Idoso, como a criação de fundos específicos para custear essas políticas e a estruturação de conselhos municipais e estaduais. Ele defendeu uma legislação que dê mais estabilidade institucional aos conselhos.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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