POLITÍCA NACIONAL
Especialistas defendem calendário vacinal para pessoas com obesidade e campanhas informativas
POLITÍCA NACIONAL
Especialistas defenderam nesta terça-feira (23), em audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, a criação de um calendário nacional de vacinação específico para pessoas com obesidade e o investimento em campanhas informativas sobre a vacinação de grupos de maior risco – incluindo pessoas com obesidade e/ou com diabetes.
O assunto foi debatido a pedido do deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO). Ele defendeu a ampliação dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), postos integrantes da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem vacinas para os grupos de risco. Atualmente, existem apenas 55 dessas unidades no País, segundo o Ministério da Saúde.
“Os Cries têm que estar em várias cidades, em todos os estados, principalmente nas cidades com mais densidade populacional”, disse Calil. Atualmente, os Cries possuem um calendário vacinal para pessoas com diabetes, mas não têm uma política para obesos.
Durante o debate, o epidemiologista Ernesto Montenegro, representante do Ministério da Saúde, informou que a pasta deve atualizar este ano a portaria que, em 2004, instituiu os Cries. Entre as mudanças está a recomendação aos estados de implantação de, pelo menos, uma unidade do Crie nos municípios com mais de 300 mil habitantes – nos estados que não possuem cidades com esse tamanho, a recomendação é de uma unidade por macrorregião.
Adesão
A representante do Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade, coalizão de 24 associações de diabetes, Vanessa Pirolo, afirmou que o apoio da população à vacinação caiu nos últimos anos e cobrou do Ministério da Saúde campanhas informativas periódicas, sobretudo na internet, e a capacitação dos profissionais da rede de atenção básica.
“Nós percebemos que, ao longo dos anos, a adesão tem caído. E a gente tem que sensibilizar a população”, disse Pirolo, que foi acompanhada por outros especialistas presentes ao debate, como o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Araújo. “O diabético, por ser imunodeprimido, tem a necessidade de ser vacinado prioritariamente. Por isso, é importante fazer a campanha”, disse.

O deputado Rafael Simões (União-MG), que é diabético, lamentou a queda da cobertura vacinal entre os pacientes da doença. “A vacinação é a grande conquista da saúde pública. Nós temos que fazer campanhas assertivas e precisamos saber como fazer isso”, afirmou.
Excesso de peso
A médica representante da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Cintia Cercato, afirmou que 6 em cada 10 brasileiros têm excesso de peso. Para ela, a vacinação desse grupo ajudaria a reduzir os índices de mortalidade e de hospitalização. “A baixa cobertura vacinal ameaça a saúde coletiva de pessoas que têm condições crônicas”, disse Cercato.
A necessidade de ações de prevenção a doenças crônicas foi defendida pela deputada Fernanda Pessoa (União-CE). Ela propôs a realização de campanhas dirigidas às escolas sobre boa alimentação como forma de combater a obesidade e o diabetes. “Hoje em dia, pela praticidade que os pais têm, muitos procuram alimentos industrializados, alimentando mal os seus filhos”, disse.
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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