POLITÍCA NACIONAL
Gestores da defesa civil reivindicam melhorias na infraestrutura de prevenção a desastres
POLITÍCA NACIONAL
Para que a defesa civil dê respostas rápidas às emergências, cada vez mais comuns com a mudança climática, profissionais do setor defenderam a ação integrada entre União, estados e municípios. Em debate realizado na Comissão Especial de Prevenção e Auxílio a Desastres e Calamidades Naturais da Câmara dos Deputados, coordenadores das defesas civis estaduais defenderam a criação de um sistema de radar e de um serviço de alerta para o todo o País.
O coordenador de Proteção e Defesa Civil de São Paulo, coronel Henguel Ricardo, afirmou que o sistema de radar em operação para previsão meteorológica “é uma colcha de retalhos”, e precisa ser modernizado. “Radares eficientes e modernos para conseguirmos enxergar com mais precisão o que se aproxima de cada região”, disse. Ricardo considera esse sistema essencial principalmente em áreas costeiras para identificar frentes frias que se chegam pelo mar.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, no último levantamento realizado por ele, somente cinco estados brasileiros tinham cobertura de satélite em 100% dos municípios. O representante mineiro concorda que esse sistema de previsão do tempo nacional é essencial à prevenção de desastres.

Alertas
Os coordenadores dos serviços de defesa civil também relataram que hoje os alertas de risco chegam à população por meio de mensagens de SMS. E todos concordaram que esse sistema é extremamente ineficiente. “Quem na madrugada lê essas mensagens?”, questionou Henguel Ricardo.
Para corrigir essa falha, os coordenadores estaduais reivindicam a implantação do sistema de alerta chamado de Céu Broadcast. Conforme disse o representante do Rio Grande do Sul, coronel Luciano Chaves Boeira, o prazo inicial previsto pelo governo federal para implantar o serviço era o final do ano passado. Agora, segundo afirmou, a entrega deve ocorrer em maio deste ano.
Dada a importância do sistema, o deputado Gilson Daniel (PODE-ES), que propôs o debate, sugeriu a realização de uma nova audiência pública com a presença de representantes do governo para discutir o novo serviço de alertas de risco. “Até para esclarecer como será a resposta da população lá na ponta. O perigo é o sistema de alerta cair no descrédito. A população quando recebe um alerta tem de saber para onde vai e o que fazer”, ponderou.
O representante de Minas Gerais, coronel Carlos Garcia, sugeriu, inclusive, a inserção de uma disciplina sobre proteção e defesa civil na base curricular das escolas.
Recursos
Os participantes do debate também pediram que a liberação de recursos para atendimento emergencial à população vítima de desastres seja desburocratizada. De acordo com o representante do Maranhão, Marlisson Soares Cunha, hoje a destinação das verbas demora de 10 a 15 dias, se o processo de requisição estiver correto. Do contrário, pode demorar ainda mais.
Em estados com municípios e comunidades isoladas essa burocracia dificulta ainda mais o atendimento às vítimas, conforme destacou o gestor de Políticas Públicas do Acre, Pedro Henrique Correa Teixeira. Segundo lembrou, nos últimos três anos o Acre sofreu seis meses com seca e outros seis com enchentes.
Então, em sua opinião, o Estado deveria criar um plano de ação para essas situações recorrentes. “Se eu já sei no início do ano que eu vou ter esse evento, que a União, o Ministério do Desenvolvimento Regional, que os deputados consigam dentro dos mecanismos legais dar para a gente o subsídio imediatamente, quando a chuva chegar”.
Assim como outros participantes, o deputado Gilson Daniel defendeu a destinação de mais recursos para a defesa civil. O deputado ressaltou que o Fundo Nacional de Calamidade Pública foi criado em 1969, mas nunca contou com fonte própria de recursos. Até hoje as emergências são atendidas por meio de medidas provisórias.
Ainda conforme o deputado, embora o governo federal gaste em torno de R$ 2 bilhões por ano somente com resposta a emergências, o orçamento da área neste ano foi de apenas R$ 250 milhões.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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