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Grupo de trabalho aprova relatório sobre desburocratização e encerra trabalhos

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POLITÍCA NACIONAL

O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre digitalização e desburocratização da gestão governamental aprovou nesta terça-feira (10) o relatório do deputado Julio Lopes (PP-RJ). A principal sugestão do grupo é apoiar projetos já em análise no Congresso com medidas para acelerar a digitalização das atividades do poder público. Com a votação do relatório, o grupo encerrou suas atividades.

“Eu espero que nós possamos pautar na Câmara vários projetos que foram indicados no relatório. E que o Senado também aquiesça às nossas indicações e paute vários daqueles projetos”, disse o presidente do GT, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O objetivo, segundo o deputado, é “oferecer boas soluções para garantir mais eficiência a partir da digitalização da economia, da cidadania e da gestão pública no Brasil”.

Sistema automático de impostos digitais
Dentre as propostas defendidas pelos deputados do grupo está o Projeto de Lei Complementar (PLP) 32/23, que institui o Sistema de Informações sobre Impostos Digitais Eletrônicos Automático.

Julio Lopes, que é o autor desse projeto, explica que, por meio de um cadastro integrado, o sistema possibilita a emissão de uma guia única para recolher tributos federais e estaduais sobre o lucro e o faturamento das empresas.

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Ainda segundo o deputado, a ideia é apresentar uma interface simplificada para o contribuinte, o que facilitaria o recolhimento de tributos.

Compras pequenas no exterior
O grupo também decidiu apoiar o Projeto de Lei (PL) 1623/23, também de autoria de Lopes, que elimina a isenção fiscal para compras de pequeno valor no exterior. O deputado argumenta que o mecanismo é sistematicamente burlado, o que ocasiona perda de receita para o Estado e concorrência desleal para as empresas brasileiras.

Segundo Lopes, a isenção do imposto de importação na entrada de bens de
pequeno valor por via postal “significa uma evasão fiscal bilionária”.

Outros projetos
O relatório também apoia a votação das seguintes propostas:

  • PL 483/23, que dispõe sobre a obrigatoriedade de utilização de assinatura eletrônica em documentos públicos;
  • PLP 145/21, que institui o Sistema Eletrônico de Apuração Fiscal (Seaf),
  • PL 10920/18, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, de modo a reduzir a burocracia e conferir tratamento isonômico entre nacionais e estrangeiros.

Grupo Brasil-Estônia
O parecer sugere ainda a criação do Grupo Parlamentar Brasil e Estônia, destinado a colher contribuições para aperfeiçoar o processo de transformação digital no Brasil.

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De acordo com o relatório de Julio Lopes, a Estônia tem hoje o melhor governo digital do mundo e pode ajudar o Brasil a melhorar sua governança eletrônica.

Criação de órgãos no Executivo
O grupo de trabalho também vai sugerir ao governo criar quatro órgãos semelhantes ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (órgão responsável pelo planejamento e monitoração da área de energia):

  • Operadora Nacional do Sistema de Combustíveis;
  • Operadora Nacional do Sistema Mineral;
  • Operadora Nacional do Sistema Agrícola;
  • Operadora Nacional do Meio Ambiente.

O objetivo da nova estrutura será acompanhar on-line e em tempo real seu setor.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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