POLITÍCA NACIONAL
Inclusão da proposta da CBS na pauta da Câmara depende de votação da reforma tributária pelo Senado
POLITÍCA NACIONAL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cobrou mais uma vez agilidade no Senado para a votação da reforma tributária que tramita naquela Casa. A Câmara já aprovou o Projeto de Lei 2337/21, que altera as cobranças no Imposto de Renda e estabelece cobrança de dividendos das empresas, e deve votar a proposta que trata da criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Segundo Lira, o relatório já está pronto, mas só será apresentado e colocado em votação após o Senado se pronunciar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/19, que trata da criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual com sistema eletrônico de cobrança. O presidente deu a declaração em evento promovido pelo BTG Pactual nesta terça-feira (22).
“Queremos fazer uma junção de legislação e permitir que o sistema tributário se torne mais simples. O que vai importar é a mobilização do Senado. O presidente do Senado tem estabilidade de quórum para ter uma votação mais tranquila do que a Câmara e o trâmite lá é mais rápido”, disse Lira.
Lira também lembrou que o texto que muda as regras do licenciamento ambiental está no Senado e que a aprovação vai melhorar o setor de infraestrutura do País. Outro projeto parado naquela Casa é a proposta que autoriza a privatização dos Correios.
“Não podemos proibir a construção de uma estrada porque ela passa a 200 km de uma possível reserva quilombola que ainda não foi nem demarcada. Essa questão segura muito o setor de infraestrutura, estamos com essa pauta no Senado”, afirmou.
Pautas
Lira foi questionado sobre a votação da proposta que estabelece um piso para a enfermagem. Segundo ele, os deputados não são contra a categoria, mas o texto gera um impacto econômico e fiscal nas cadeias dos hospitais públicos, privados e filantrópicos.
“Como eu posso querer que uma prefeitura do interior do Amapá tenha a mesma condição de pagamento que uma do interior de São Paulo? Essas questões têm que ser levadas de maneira séria e não ceder a pressões momentâneas”, ponderou.
Por fim, Lira também afirmou que a Câmara deve votar entre hoje e amanhã a proposta que regulamenta os jogos de azar no País (PL 442/9). Ele explicou que o texto a ser votado será acertado em reunião nesta terça-feira entre os líderes. Arthur Lira defendeu a aprovação da proposta de forma a garantir que recursos do setor sejam investidos no Brasil.
“O brasileiro joga on-line, e o imposto é pago no Reino Unido, por exemplo. É demagogia pura ou interesse de grupos sectários que esse assunto não vá para frente. Teremos regras duras, vai ser tratado com seriedade”, destacou.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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