POLITÍCA NACIONAL
Ministério da Saúde apresenta ações para combater violência obstétrica e morte materna
POLITÍCA NACIONAL
O Ministério da Saúde apresentou ações para combater a violência obstétrica e a morte materna em audiência pública da comissão especial sobre o tema, na Câmara dos Deputados, nesta semana.
Para a coordenadora-geral de Articulação do Cuidado Integral do Ministério da Saúde, Grace Fátima de Souza Rosa, combater a violência obstétrica e a morte materna é também enfrentar o racismo e a misoginia estruturais, que normalizam a violência de gênero e de raça.
A coordenadora listou as ações gerais para o combate à violência obstétrica e a morte materna, como o incentivo ao pré-natal de qualidade e ao plano de parto, documento que lista os desejos e preferências da gestante.
“Promoção de práticas obstétricas respeitosas, com formação dos profissionais. A gente precisa intervir na qualificação dos profissionais para virar essa chave de como é percebido o evento parto na nossa sociedade. E o fortalecimento dos canais de denúncia e orientação de como fazer esse movimento para que as mulheres denunciem esses maus-tratos”, disse.
Atualmente, não existe legislação federal específica sobre violência obstétrica. A procuradora regional do Ministério Público Federal Ana Carolina Nascimento recomendou que, se uma legislação nacional for pensada, seja incluída no texto a previsão de rastreamento de dados, uma vez que faltam informações sobre o tema.
A procuradora esclareceu que, mesmo sem lei específica, alguns tipos de violência obstétrica já podem ser considerados crime, como a episiotomia sem consentimento. “O médico que corta o períneo de uma mulher sem a autorização dela está cometendo crime de constrangimento ilegal. É apenas fazer cumprir a lei”, ressaltou.
O deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS) disse que, como em alguns casos específicos, a episiotomia é necessária e que não se pode demonizar o procedimento.
A episiotomia é um procedimento cirúrgico, um corte no períneo, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda em apenas 10% dos partos. Porém, uma pesquisa da Fiocruz indicou que, no Brasil, a episiotomia é realizada em mais da metade dos partos normais.
Questionamento
O deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), que é ginecologista obstétrico, questionou se o termo violência obstétrica é realmente adequado. Ele disse que casos como o do médico anestesista que estuprou uma paciente durante o parto no Rio de Janeiro são aberrações. Resende defendeu que seja discutida a melhora na formação médica.
“Eu fico me questionando: será que eu vou ter que refazer todos os meus conceitos que aprendi com tantos profissionais que, inclusive, foram verdadeiros mestres na ginecologia obstetrícia brasileira, na minha época?”
A pesquisadora Natália Veroneze, representante do Instituto Artemis, destacou que o termo violência obstétrica é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde desde 2014. Ela argumentou que a taxa de mortalidade materna no Brasil voltou a ser a mesma de 20 anos atrás e ressaltou que casos de violência obstétrica são cotidianos.
“[Não dá pra] dizer que violência obstétrica não existe, que esse termo não é adequado, que o termo é violência institucional”, rebateu. “Existe, sim, a violência institucional quando realmente a gente não tem a sala de parto humanizado em todos os hospitais, não tem acomodações e anestesista. Mas isso não exime os médicos de adotarem as melhores práticas. Hoje a gente tem muitas mulheres ainda tendo filhos amarradas”, lamentou.
Reportagem – Amanda Aragão
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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