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Ministra propõe abertura dos dados sobre repasses extras para a saúde em 2023

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Após ser questionada por parlamentares da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que pode abrir os dados sobre todos os repasses extras feitos em 2023 com base na portaria que redistribuiu os recursos de emendas parlamentares, após a Emenda Constitucional 126, de 2022.

A emenda redistribuiu os recursos das antigas emendas de relator ao Orçamento após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a sua inconstitucionalidade. Nísia disse que fez os repasses com o apoio de estados e municípios, mas alguns parlamentares questionaram um repasse para Cabo Frio (RJ), que teria sido maior que os demais.

Segundo a ministra, a Portaria 544/23 do ministério ofereceu os critérios para o repasse inicial de R$ 3 bilhões, e os prefeitos e governadores reivindicaram os recursos por meio de propostas específicas.

O deputado Luiz Lima (PL-RJ) citou reportagem do Portal UOL, afirmando que a cidade de Cabo Frio recebeu um extra de R$ 55 milhões. E acrescentou que o filho da ministra trabalha no gabinete da prefeitura.

“Conforme diretriz do SUS, os repasses para os serviços de alta e média complexidade que ultrapassem o teto estabelecido requerem autorização dos colegiados estaduais, que incluem representantes da área de saúde. A portaria que justifica o envio de R$ 55 milhões menciona quatro autorizações da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) do Rio de Janeiro. No entanto, levantamento mostra que as autorizações são apenas para o repasse de R$ 4 milhões”, disse o deputado, ao ler a reportagem.

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A ministra explicou que outros municípios, como São Gonçalo e Magé, receberam mais recursos que Cabo Frio. Ela disse que os critérios foram técnicos, mas que algumas cidades acumularam prejuízos ao longo dos anos.

“Ainda que tenhamos critérios técnicos, houve anos de desmonte e não atendimento a demandas. Eu proponho uma abertura destes dados, uma discussão específica para que não paire nenhuma dúvida sobre a transparência, sobre a lisura do Ministério da Saúde. É a melhor forma de fazer isso”, afirmou a ministra.

O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) disse não ver problema na atividade do filho da ministra (que não trabalha na área da saúde em Cabo Frio e sim da cultura).

“O problema é que ministério que a senhora comanda tem muito dinheiro. E, quando tem muito dinheiro, tem muita gente que quer botar a mão nesse dinheiro do ministério que a senhora comanda”, disse Aureo Ribeiro.

Reuniões com parlamentares
O deputado Célio Silveira (MDB-GO), autor de um dos requerimentos para a audiência, reclamou sobre o atendimento do ministério aos parlamentares.

“Eu e vários colegas aqui temos pedidos de audiências de seis meses e não fomos atendidos. Às vezes a senhora, cercada por tecnocratas, não sabe o que um deputado pode levar de contribuição para a senhora. Porque nós vivemos as dificuldades dos municípios no dia a dia”, afirmou.

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Nísia respondeu que considera importantes as reuniões com os parlamentares e que recebeu 212 deputados e 42 senadores no ano passado.

Dengue
Nísia Trindade disse que o ministério teve que retomar, durante 2023, vários programas interrompidos no governo anterior, como o Mais Médicos – que, segundo ela, teve um aumento de 85% em relação a 2022. Ela afirmou que a desativação de comitês científicos afetou, por exemplo, o combate à dengue.

Sobre a dengue, Nísia disse que a doença se agravou com as mudanças climáticas e, portanto, é necessário um combate de longo prazo. Ela disse que deve anunciar em breve uma expansão do programa de vacinação contra a doença, mas que o principal, no momento, é impedir mortes evitáveis por meio de recursos e treinamento.

PAC
A ministra pediu que os parlamentares apoiem o PAC Seleções, o novo Programa de Aceleração do Crescimento, com emendas para equipamentos como de policlínicas, maternidades e oficinas ortopédicas. O PAC prevê R$ 31 bilhões para a saúde até 2026.

A ministra da Saúde ainda informou que, durante a atual presidência do Brasil no G-20, as discussões na área estão voltadas para a saúde digital, a produção local de equipamentos e o impacto das mudanças climáticas na saúde.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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