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POLITÍCA NACIONAL

Ministro da Agricultura defende Plano Safra superior a R$ 320 bilhões

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POLITÍCA NACIONAL

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Prioridades do Ministério para o ano de 2022 e o Plano Safra. Marcos Montes - MINISTRO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Marcos Montes: “Nós não podemos furar teto fiscal, fazer pedaladas”

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, disse que está negociando com a equipe econômica do governo um Plano Safra 2022/23 de pelo menos R$ 300 bilhões, com mais R$ 22 bilhões para equalização de taxa de juros. O total é 22,4% maior que o plano safra anterior, porque, segundo o ministro, todos os preços subiram.

Montes também disse aos deputados da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (25), que quer pelo menos R$ 2 bilhões para o seguro rural, além de tornar a despesa permanente no Orçamento da União – ou seja, sem a possibilidade de cortes. Mas ressaltou que existem limites para destravar os créditos no Orçamento: “Nós não podemos furar teto fiscal, fazer pedaladas. Não vamos fazer isso porque as consequências são graves. Vocês sabem disso, são graves”, disse.

O ministro destacou que, em todos os encontros internacionais dos quais o ministério participa, os interlocutores sempre reforçam a necessidade de o Brasil manter e até aumentar a produção agropecuária para atender as necessidades mundiais.

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O deputado Airton Faleiro (PT-PA) disse que o governo também deveria ter políticas que garantam a segurança alimentar interna: “Nós não podemos, num país com tanta fome, com tanta necessidade, trabalhar uma lógica de uma política de exportação sem ter uma política de produção de alimento voltada para o mercado local”, afirmou.

O ministro Marcos Montes respondeu que as exportações trazem recursos para o país: “E se estamos exportando, nós estamos gerando riqueza para o país, inclusive oportunidade para que as pessoas possam plantar, inclusive agricultura familiar”, disse.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Prioridades do Ministério para o ano de 2022 e o Plano Safra. Dep. Airton Faleiro PT-PA
Faleiro criticou a falta de uma política de alimentos para o mercado local

Estoques públicos
Alguns deputados criticaram a falta de estoques públicos de alimentos, principalmente no atual cenário de guerra e de alta da inflação. Mas o ministro disse que os estoques públicos são uma política ultrapassada. “Essa política de estoques, isso é ultrapassado. Estoque é quando o preço mínimo ainda predominava. Hoje não tem preço mínimo. O preço mínimo é bastante aquém do que é o preço de realidade”, observou Montes.

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O deputado Eleuses Paiva (PSD-SP) questionou o ministro sobre a situação dos produtores de amendoim que perderam com as exportações para a Rússia e para a Ucrânia. Marcos Montes anunciou que o ministério conseguiu recentemente negociar a abertura do mercado chinês para o amendoim brasileiro.

Já o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), vice-líder do governo, pediu ao ministro que crie um programa para a construção de estradas rurais e que busque atuar no aumento da segurança no campo.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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