Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Ministro da Fazenda fala sobre política econômica do governo em audiência conjunta na Câmara

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

As comissões de Desenvolvimento Econômico; de Finanças e Tributação; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados discutem, nesta quarta-feira (17), a política econômica do governo federal  com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A vinda do ministro foi sugerida pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Paulo Guedes (PT-MG), Rodrigo Valadares (União-SE), Kim Kataguiri (União-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

Paulo Guedes lembra que o governo anunciou em janeiro um conjunto de iniciativas para melhorar o quadro fiscal e reduzir o déficit primário, estimado na LOA 2023 em R$ 231,5 bilhões. “As medidas buscam aumentar a receita líquida do governo federal além de fazer ajustes no lado das despesas para este exercício”, afirma o deputado.

O ministro, no entanto, também será cobrado por alterações na previsão de gastos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2023, aumento de impostos e concessão de empréstimo pelo Banco dos Brics a países pobres.

Supostas pedaladas
Vieira de Melo quer que Haddad esclareça “os indícios de ‘pedalada fiscal’ do presidente Lula ao alterar, de forma artificial, a previsão de gastos com o INSS em 2023 para tentar encobrir um rombo de R$ 7,7 bilhões”.

O parlamentar afirma que, segundo documento obtido pela Folha de S.Paulo, a Secretaria de Política Econômica reduziu o valor do salário mínimo na grade de parâmetros dias após ter elaborado uma primeira versão com um piso maior, de R$ 1.320.

Leia Também:  Lira pede prudência a deputados durante discussão da urgência para projeto sobre fake news; acompanhe

Ao manter o valor do salário mínimo em R$ 1.302, o governo conseguiu reduzir em R$ 7,7 bilhões o dispêndio com benefícios previdenciários em comparação ao previsto no Orçamento. “Isso reduziu o déficit projetado para o ano e afastou a possibilidade de precisar bloquear outros gastos”, afirma Vieira de Melo.

“A manipulação de dados no Orçamento, com o intuito de reduzir artificialmente as despesas e evitar um possível bloqueio de recursos, é uma ação inaceitável e que fere os princípios da transparência e responsabilidade fiscal na gestão dos recursos públicos”, critica Kataguiri.

Banco dos Brics
O ministro da Fazenda também deve falar sobre o discurso do presidente Lula sobre empréstimos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) a países não sócios.

Nikolas Ferreira lembra que, na posse de Dilma Rousseff no NBD, “o presidente Lula disse que o chamado Banco dos Brics precisa se organizar para oferecer empréstimos para infraestrutura em ‘países mais pobres da América Latina e do Caribe’”.

Para financiar países que não são sócios do NBD, explica Ferreira, é necessário que o empréstimo tenha garantia do Tesouro Nacional de países integrantes do banco, atualmente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“O momento atual não nos permite fixar como garantia valores do Tesouro Nacional para empréstimo a outros países que possuem histórico de inadimplência com diversos bancos internacionais”, critica o deputado.

Déficit nas contas públicas
Evair Vieira de Melo também quer que o ministro preste esclarecimentos sobre o resultado das contas públicas do governo federal.

Leia Também:  Ministro do Trabalho volta a defender alternativa ao saque-aniversário no FGTS

“No mês de fevereiro, as contas do Tesouro Nacional apresentaram um déficit de R$ 20 bilhões, enquanto a Previdência Social teve um déficit de R$ 21 bilhões”, afirma o parlamentar. Segundo o Tesouro, o resultado desfavorável foi causado pela queda na atividade econômica.

“A falta de medidas efetivas para reduzir o déficit pode levar a consequências econômicas graves, como a desvalorização da moeda, aumento da inflação e diminuição da confiança dos investidores”, alerta Vieira de Melo.

Carga tributária
Rodrigo Valadares, por sua vez, quer explicações sobre aumento de impostos. “A equipe econômica comandada por Haddad vem adotando uma política de reoneração. Combustíveis, petróleo bruto, apostas esportivas, bebidas, roupas e vestuário, pneus, são alguns produtos e serviços que tiveram aumento em
seus tributos ou que tem uma possível taxação estudada pelo governo federal”, afirma o deputado.

Ele ressalta que o aumento da carga tributária gera fuga de capitais e desemprego. “Enquanto outras nações reduzem suas tributações para promover a entrada de capital tanto nacional, tanto estrangeiro, o governo brasileiro adota um alinha contrária, punindo empreendedores e consumidores com elevações na tributação no País”, critica.

A audiência com o ministro Fernando Haddad será realizada no plenário 2, a partir das 10 horas.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Ministro do Trabalho volta a defender alternativa ao saque-aniversário no FGTS

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  Projeto cria programa específico para proteger onça-pintada e outros felinos

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA