Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Para Lira, semipresidencialismo permite que Congresso seja co-gestor do governo

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Deputado Arthur Lira observa o presidente da Assembleia de Portugal falar ao microfone. Ambos são homens brancos e vestem ternos escuros
Presidente Arthur Lira (E) durante encontro com o presidente da Assembleia de Portugal (D)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), recebeu o presidente da Assembleia da República de Portugal, Doutor Augusto Santos Silva, em encontro bilateral entre o Legislativo dos dois países e pediu ajuda ao parlamentar português no debate sobre a adoção do semipresidencialismo no Brasil.

No modelo português, o presidente da República é eleito pelo voto popular e representa o estado; já o primeiro-ministro é nomeado pelo presidente da República e, em regra, é o líder do partido mais votado em cada eleição para o Legislativo português (Assembleia da República).

Lira quer que representantes portugueses e de outros países que adotam sistema político semelhante, como Alemanha e França, contribuam com o debate no Brasil. Na Câmara um grupo de trabalho debate a proposta que teria vigência apenas em 2030, se for aprovada.

Coalização
Para o presidente da Câmara, o semipresidencialismo permite que o Congresso seja co-gestor da administração pública e assuma responsabilidades para governar.
“Vamos precisar fazer essa discussão da mudança de sistema no brasil. É um tema polêmico, porque todos os candidatos de agora enxergam uma perda de poder. O Brasil é muito peculiar, nós temos distâncias geográfica entre a capital do Amazonas e do Rio Grande do Sul, a distância de Lisboa a Moscou”, disse Lira em pronunciamento conjunto com o parlamentar português.

Leia Também:  Comissão debate tecnologia assistiva de leitura

Para Lira, o modelo atual presidencialista brasileiro exige a coalização entre o Legislativo e o Executivo. Ele ressaltou que o sistema atual tem se tornado inviável devido ao grande número de partidos no Parlamento.

“Temos 23 partidos orientando na Câmara. Para eu fazer uma simples votação de destaque, eu levo 30 minutos só para que os partidos orientem. Nessa adequação, o Parlamento é levado a fazer um governo de coalizão”, afirmou. Lira disse ainda que o presidente precisa ter a oportunidade de cumprir o que prometeu durante a campanha. “E para isso se faz a coalização. E somos criticados quando fazemos e chama de toma lá dá cá. Quando não faz, o governo é incompetente por não te governabilidade”, detalhou.

Relação harmônica
No encontro, Lira reforçou a relação bilateral e harmônica entre os dois países e ressaltou a necessidade de formular leis que facilitem as relações comerciais de expansão de empresas portuguesas no Brasil.

O presidente da Assembleia da República de Portugal, Doutor Augusto Santos Silva, disse que pode dar o testemunho do bom funcionamento sistema político português. Santos Silva explicou que o sistema tem sido aperfeiçoado ao longo dos anos. Ele ressaltou ainda a boa relação entre os dois países mesmo após os 200 anos da independência do Brasil.

Leia Também:  Câmara entrega Prêmio Brasil Mais Inclusão de 2023 na quarta-feira

“A independência foi o início de uma história de proximidade muito grande entre Brasil e Portugal, temos grande orgulho de sermos amigos do Brasil, uma das maiores economias do mundo, e temos as mesmas posições em relação ao mundo, no respeito ao multilateralismo”, discursou.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Natalia Doederllein

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

Publicados

em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

Leia Também:  Comissão Mista de Orçamento pode votar Plano Plurianual nesta terça

 

Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

Leia Também:  Comissão debate tecnologia assistiva de leitura

E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA