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Parlamentares reclamam de decisões do STF que impedem depoimentos à CPMI do 8 de Janeiro

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Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro reagiram mal à concessão de habeas corpus para que Osmar Crivelatti, ex-coordenador administrativo da equipe de ajudantes de ordens do presidente Jair Bolsonaro, não comparecesse ao colegiado nesta terça-feira (19).

A decisão foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça e acontece uma semana depois da concessão de outro habeas corpus que permitiu que Marilia Alencar, ex-secretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, também não fosse à CPMI.

O presidente da CPMI, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), classificou os dois habeas corpus concedidos pelo STF como tentativas de impedir os trabalhos do colegiado. Ele disse que a decisão judicial desrespeitou a comissão e questionou a própria existência da CPMI.

“Se um ministro do Supremo Tribunal Federal, apesar dos ditames constitucionais que atribuem à comissão parlamentar de inquérito poder de investigação, se acha com poder de dar uma liminar autorizando alguém a não comparecer à CPMI, desmoralizando, esvaziando, obstruindo essa CPMI, obviamente nós estamos brincando de fazer CPMI”, criticou Arthur Maia.

Recurso ao TF
O deputado anunciou que vai conversar com os presidentes do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre a possibilidade de entrar com uma Ação Direta de Preceito Fundamental (ADPF) junto ao STF questionando a possibilidade de um ministro autorizar ou não uma convocação feita pela CPMI.

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Ele também defendeu que as decisões individuais dos ministros Nunes Marques (sobre o depoimento de Marilia Alencar) e André Mendonça (sobre o depoimento de Osmar Crivelatti) que impediram os depoimentos na CPMI sejam levadas ao pleno do STF.

O presidente da CPMI adiantou que já pediu uma audiência com os dois ministros e com a presidente do STF, ministra Rosa Weber, para solicitar que o tribunal unifique a posição sobre os depoimentos à CPIs.

Reclamações
Vários deputados e senadores também reclamaram das decisões do STF que impediram depoimentos na CMPI. O deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA) afirmou que, independentemente de ser situação ou oposição, é preciso se indignar.

“O que está acontecendo aqui é a usurpação dos poderes do Congresso Nacional”, criticou. “Hoje, uma decisão dessas do Supremo pode atender um grupo político. Mas, na mudança de governo, ela deixa de atender e essa Casa perderá uma das prerrogativas mais importantes, que são as CPIs e as CPMIs.”

O deputado Rogério Correia (PT-MG) tem dúvidas se vale a pena continuar com os trabalhos da comissão. “Para que existir uma CPMI se não temos o poder de fazer convocações? ”, questionou. Correa afirmou que as pessoas têm o direito de não formar prova contra si provas, mas devem, ao menos, comparecer à comissão.

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Sem ligação com a CPMI
Parlamentares de oposição, no entanto, argumentaram que muitos depoentes convocados, como Osmar Crivelatti, não têm ligação com o escopo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.

O deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP) defendeu essa linha, apesar de criticar as ações do STF. “Infelizmente o governo, que tomou conta e assaltou essa CPMI, não nos deixa trazer pessoas que, de fato, têm algo a falar. Aí a gente aprova requerimentos de pessoas que sequer têm a ver com o tema da CPMI, como era o caso da pessoa de hoje”, rebateu Feliciano.

Segundo o deputado, é por essa razão que o STF autoriza as pessoas a não comparecerem à comissão.

Nova convocação e relatório
O presidente Arthur Oliveira Maia adiantou que o requerimento para convocar o comando da Força Nacional em 8 de janeiro será votado na próxima terça-feira (26). Parlamentares de oposição questionam a atuação da Força Nacional para impedir os ataques às sedes dos três poderes.

Arthur Maia também confirmou que o relatório final da CPMI será apresentado no dia 17 de outubro.

Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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