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Paulo Pimenta afirma que notícias falsas estavam atrapalhando operações de resgate e ajuda no Rio Grande do Sul

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POLITÍCA NACIONAL

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça nesta terça-feira (11) para ouvir o ministro da secretaria criada para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, foi marcada por bate-boca e trocas de acusações.

O objetivo da audiência foi esclarecer possível uso da Polícia Federal para investigar opositores ao governo federal. Paulo Pimenta ressaltou que pediu a investigação para estancar a onda de fake news. “Naquele momento específico, era altamente prejudicial ao trabalho de resgate, de chegada de donativos no estado do Rio Grande do Sul. Comuniquei à autoridade para que avalie a necessidade ou não de instauração de inquérito como cidadão, como gaúcho indignado diante da mentira, das fake news. Aqueles que não cometeram não têm o que temer.”

Segundo o autor do pedido de convite ao ministro, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Pimenta perseguiu a oposição. O deputado citou áudio vazado em que o ministro cita a necessidade de prender aqueles que espalham fake news e “agem contra nós”, se referindo a essas pessoas como traidoras. “O senhor compreende que essa postura demonstra perseguição? Intenção de silenciamento de grupos que possam representar algum tipo de ameaça ao controle do governo? No governo nazista esse era o papel da Gestapo”, disse Bilynskyj.

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Pimenta afirmou que, quando disse “contra nós”, não se referia ao governo, mas sim ao povo gaúcho. “Porque na hora em que nós estávamos trabalhando para salvar vidas, pessoas estavam se dedicando a produzir desinformação para tirar energia, capacidade de trabalho daqueles que estavam na linha de frente, dedicando a sua vida para salvar as pessoas na madrugada.”

O ministro citou uma série de notícias falsas veiculadas a partir das enchentes no Rio Grande do Sul. Por exemplo, que se estaria fazendo eutanásia em animais; que haveria 2 mil corpos congelados em frigoríficos em Canoas; que caminhões com doações estariam sendo parados em Torres para exigir nota fiscal; que doações eram retidas para cobranças de impostos; entre outras que a Justiça já mandou tirar do ar.

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas legislativas. Dep. Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Bilynskyj: ministro demonstra intenção de silenciamento de grupos que possam representar algum tipo de ameaça ao controle do governo

Bilynskyj também questionou Paulo Pimenta a respeito do deslocamento de helicóptero no Rio Grande do Sul, com sua esposa. O deputado chegou a entregar um boleto de R$ 160 mil para o ministro pagar, que seria o valor da viagem. Pimenta disse que agiu dentro de seu direito e que sua delegação é ele quem escolhe.

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o pedido do ministro para que fosse investigado por publicação de fake news. Ele disse que apenas postou uma reportagem da Folha de S. Paulo. “Eu estou sendo investigado criminalmente pela Polícia Federal graças a seguinte conduta, segundo vossa excelência: ‘Eduardo Bolsonaro criticou a ajuda ao Rio Grande do Sul ao mencionar que o governo levou quatro dias para enviar esforços à região. Ministro, o senhor não conhece o artigo 53 da Constituição, da imunidade parlamentar?”

Paulo Pimenta afirmou que quem vai analisar se a conduta é crime ou não é a polícia e, depois, o Ministério Público.

O ministro também citou uma série de ações do governo federal de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul, como por exemplo, a liberação de mais de R$ 474 milhões de reais da defesa civil em ajuda humanitária.

O ministro anunciou, ainda, R$ 15 bilhões para um programa de financiamento para compra de equipamentos e máquinas, e para reconstrução, entre outras ações do governo.

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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