Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Pescadores cobram reparação por rompimento de barragem em Mariana, ocorrida em 2015

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

A Comissão Externa da Câmara dos Deputados sobre Fiscalização dos Rompimentos de Barragens e Repactuação ouviu nesta terça-feira representantes de pescadores atingidos pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 2015, quando 19 pessoas morreram soterradas.

Os pescadores da região que foi contaminada, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, sofrem até hoje com os impactos causados pela tragédia. As atividades de pesca no Rio Doce foram suspensas e desde então a maioria dos pescadores não recebeu indenizações.

Segundo Benilde Madeira, representante dos pescadores e da Comissão dos Atingidos, a Fundação Renova (criada para administrar as ações de reparos pelos danos causados pelo rompimento da barragem) exige uma comprovação de atividade dos pescadores profissionais artesanais nos anos de 2014 e 2015 registrados no Ministério da Pesca e Aquicultura para que a indenização seja paga. Para o pescador, essa demora para reparar os danos é um desrespeito.

“Eu sugiro que a Fundação Renova ou as próprias instituições de Justiça tenham um pouco de bom senso e ajudem quem tem um pequeno papel, pequeno vínculo nessa água, que possa considerar as contribuições do INSS que a pessoa fez, quem recebeu o seguro defeso em 2015, 2016, que olhe aquelas carteiras mais antigas. Aqueles pescadores mais tradicionais estão sendo os mais massacrados”, disse.

Leia Também:  Projeto isenta advogado de responsabilidade por emissão de parecer jurídico

Outro questionamento levantado pelos representantes dos pescadores é que, em 2016, o Instituto Estadual de Florestas, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, liberou a pesca de algumas espécies, como o mandi e a tilápia, na bacia do Rio Doce. Segundo eles, essa liberação não faz sentido, já que não existem estudos comprovando que essas espécies não estão contaminadas pelos rejeitos.

Ausência
Nem a Fundação Renova nem o Ministério Público Federal compareceram à audiência pública da comissão. Representantes das duas entidades foram convidados para falar sobre a situação dos pescadores atingidos pelo desastre. O deputado Padre João (PT-MG) reclamou da falta de responsabilidade, principalmente por parte de autoridades públicas, como os promotores, que deveriam ter comparecido.

“É o grande desafio, porque a Renova faz as exigências que ela bem entende, ou deixa de atender e fica por isso mesmo. Então, por isso que era importante o Ministério Público Federal para fazer valer. O Ministério Público tem competência de aplicar uma multa, ou de anular, inclusive, certas exigências,  fazer um TAC (termo de ajuste de conduta) que fosse, mas junto também com as pessoas mais interessadas, que são os pescadores”, disse.

Leia Também:  Comissão pode votar na quarta relatório de medida provisória que cria o Ministério do Empreendedorismo

Reportagem – Maria Suzana Pereira
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Comissão aprova incentivos para usinas de dessalinização de água marinha na área da Sudene

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  CCJ aprova obrigatoriedade de medição de pressão arterial de crianças a partir de 3 anos

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA