Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Plano Nacional de Educação completa 10 anos com apenas 2 das 20 metas cumpridas

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado e sancionado em 2014, completa dez anos com apenas duas de suas 20 metas cumpridas e uma que poderá ser alcançada até o fim do ano. O PNE é um planejamento decenal com estratégias para a política educacional. O último trouxe metas a serem cumpridas no período de 2014 e 2024.

Entre as metas alcançadas, está a de elevar a qualidade do ensino superior e a proporção de mestres e doutores entre os professores das faculdades. Outra meta batida foi o aumento do número de matrículas no mestrado e no doutorado.

A meta que ainda pode ser atingida até o fim do ano é formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica e garantir formação continuada para todos.

As outras 17 metas, que estão longe de chegar ao que foi estipulado no PNE de 2014, atingem estudantes de todos os níveis de ensino.

A doutora em Educação e professora da Universidade de Brasília, Catarina Almeida Santos, aponta a falta vontade política como umas das razões do fracasso do atual PNE. Para ela, o estado brasileiro escolheu não cumprir as metas quando aprovou a Emenda Constitucional 95, que estabeleceu um teto de gastos, em 2016, dois anos após a sanção do PNE.

Leia Também:  Projeto obriga SUS a fornecer "touca inglesa" que reduz queda de cabelo de pacientes com câncer

“A aprovação da emenda do teto de gastos foi um dos empecilhos para o cumprimento do Plano Nacional de Educação, porque não tem como fazer o plano sem financiamento”, afirma. “Quando o Parlamento brasileiro e o presidente da República se organizaram para aprovar essa emenda, estavam dizendo que os direitos sociais, sobretudo o direito à educação, não era um objetivo do estado brasileiro”, avalia.

Vontade política
O deputado Marco Feliciano (PL-SP) defende uma união política e institucional para cumprir o novo Plano Nacional de Educação, que deve ser aprovado neste ano. Feliciano, que participou das discussões de 2014, lembra que a proposta tinha metas ambiciosas.

“São vinte metas e o nosso País sempre teve um problema crônico na questão da educação, que passa por recursos e pela unidade da nação. Se não houver uma unidade entre os estados, o Distrito Federal, os municípios e a União, é impossível colocar em prática tudo aquilo que foi pensado”, alerta.

Ele acrescenta que quase todas as 20 metas tratam do mesmo tema: tirar a criança de casa e colocar em uma sala aula onde ela possa ter dignidade. “Isso passa por recursos e por boa vontade pública”, acrescenta Feliciano.

Leia Também:  Presidente da Anatel defende que agência seja órgão regulador e fiscalizador das plataformas digitais

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que também participou da comissão que debateu o PNE de 2014, considera ser fundamental garantir mais recursos para financiar a educação pública no PNE 2024. “Nós queremos os 10% do PIB , que nunca foram cumpridos, e os 50% do Fundo Social do Pré-Sal, que também não foi cumprido”, ressalta.

Para Alice Portugal, algumas das metas do PNE precisam ser resgatadas. “Precisamos universalizar o ensino fundamental, meta que deveria ter sido alcançada em 2016. Estamos num patamar de 93%. Pode parecer que falta pouco, mas falta muita gente”, afirma.

“Depois, a questão da educação integral: queremos 50% de oferta da educação integral nas escolas públicas, para superarmos o patamar de 2022, que hoje é de 34%”, calcula a deputada.

Ela acrescenta ainda a necessidade de aumentar a escolaridade dos jovens de 18 a 29 anos, que está abaixo dos padrões internacionais. “Queremos 12 anos de escolaridade, estamos com 11,7 anos em média.”

Reportagem – Dourivan Lima
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Projeto concede à mulher vítima de violência doméstica acesso à localização do agressor

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  Presidente da Anatel defende que agência seja órgão regulador e fiscalizador das plataformas digitais

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA