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Presidente da Fenaj defende protocolo de segurança para jornalistas

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POLITÍCA NACIONAL

A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, disse aos membros do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional que é preciso aprovar um protocolo de segurança para a categoria e federalizar os crimes que ocorrerem.

Na audiência sobre a violência contra jornalistas, Samira de Castro disse que foram identificados 376 ataques em 2022. Ela explicou que o maior tipo de ataque contra os jornalistas durante o período foi o descrédito aos profissionais por autoridades. “Para alguns pode parecer que a descredibilização se confunda com crítica ao jornalismo. Mas não é, é mais grave. Porque nega todos os fundamentos da atividade jornalística.”

Além do descrédito ao trabalho, houve ameaças, censuras e agressões físicas. Muitas agressões ocorridas na cobertura de manifestações de rua. O assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, em junho do ano passado, também está incluído no levantamento. Ele trabalhava em uma reportagem sobre a situação dos indígenas no Vale do Javari, no Amazonas.

Para Samira, é preciso melhorar a organização da profissão, aprovando a proposta que retoma a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo (PEC 206/12), em discussão na Câmara. Segundo ela, há uma emissão indiscriminada de registros, inclusive para menores de idade. Ela citou ainda a necessidade de criar um conselho profissional para analisar questões éticas.

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Constrangimento
A diretora do Instituto TornaVoz, Taís Gasparian, ressaltou a “violência processual” contra jornalistas, que seria o uso de processos judiciais como forma de constranger a atividade.

“O objetivo daqueles que entram com esses processos não é ganhar o processo e ser indenizado pela sua honra, ter algum tipo de reparação. Mas desviar a atenção e a energia do profissional como uma estratégia para abafar as críticas que são legítimas.”

Taís Gasparian defendeu ainda que os processos relacionados à defesa da honra deixem a esfera criminal para serem analisado pela justiça civil.

A conselheira Bia Barbosa lembrou que a entidade Repórteres Sem Fronteiras monitorou, durante as eleições gerais do ano passado, as redes sociais de 120 jornalistas e verificou um comentário ofensivo ou ameaçador a cada três segundos.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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