POLITÍCA NACIONAL
Presidente do Senado defende votação de medidas estruturantes em ano eleitoral e diz que País precisa crescer
POLITÍCA NACIONAL

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, disse nesta quarta-feira (2) que o Congresso Nacional terá um ano difícil pela frente, marcado pela crise sanitária e pela agenda eleitoral, mas pediu prioridade para a votação das “grandes reformas estruturantes” do Estado, como a reforma administrativa.
Em discurso na sessão de abertura dos trabalhos legislativos do ano, a última da atual legislatura (2019-2023), ele também afirmou que os deputados e os senadores deverão manter o ritmo de trabalho do ano passado, quando Câmara dos Deputados e o Senado votaram mais de 300 projetos de lei.
“Precisamos romper com o paradigma de que, em ano eleitoral, há um engessamento do Poder Legislativo. Não podemos deixar questões urgentes em estado de latência. Que o País não duvide de nossa disposição para manter o ritmo de trabalho que marcou o ano passado”, disse Pacheco.
“A perspectiva do ano que se inicia, portanto, é de muito trabalho. Precisamos crescer. É inconcebível que pessoas passem fome no país com a maior produtividade agropecuária do mundo”, completou.
Pacheco também disse que o ano vai ser marcado pela defesa da democracia, cabendo ao Congresso Nacional buscar substituir a polarização da sociedade “pela união nacional em prol do bem comum”.
Adaptação
Falando aos deputados e senadores, o presidente do Senado afirmou que o Congresso soube se adaptar às circunstâncias impostas pela pandemia e conseguiu aumentar sua produtividade em 2021, trabalhando remotamente, presencialmente ou de forma híbrida.
“Fomos o primeiro Parlamento do mundo a implementar um sistema remoto de deliberação”, ressaltou.
Ele destacou matérias importantes aprovadas no ano passado, como o marco legal das startups, a Lei das Ferrovias, o projeto que suspende ordens de despejo em contratos de aluguel para a população mais vulnerável, e a proposta que estabelece nova meta de redução das emissões de gases de efeito estufa (PL 1539/21). Esta última foi aprovada pelo Senado e aguarda análise na Câmara.
Homenagem
A pedido de Pacheco, os congressistas fizeram, no início da sessão de abertura dos trabalhos legislativos, um minuto de silêncio em homenagem aos mais de 628 mil mortos pela Covid-19 no País e às vítimas das chuvas que afligiram recentemente alguns estados brasileiros, sobretudo Bahia (27 mortos), Minas Gerais (35) e São Paulo (27).
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Pierre Triboli


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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