Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Projeto substitui itinerários formativos previstos no novo ensino médio por áreas de conhecimento

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

O Projeto de Lei 1299/23 substitui os chamados “itinerários formativos” por áreas de conhecimento na organização do ensino médio. Por meio dos itinerários formativos previstos no chamado “novo ensino médio”, os estudantes escolhem se aprofundar em uma área do conhecimento – Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, ou formação técnica e profissional.

Em análise na Câmara dos Deputados, o projeto foi apresentado por Bacelar (PV-BA) e Lídice da Mata (PSB-BA). Os deputados argumentam que o novo ensino médio, instaurado pela Lei 13.415/17, tem sido apontado por pesquisadores, profissionais da educação, políticos e jovens como promotor de um ensino excludente, “aprofundando as desigualdades entre a educação para os setores populares e as elites econômicas”.

A implementação do novo ensino médio foi suspensa pelo governo Lula em abril. Segundo o governo, o objetivo é “ampliar as discussões e debates acerca da aplicação dos novos modelos”.

Proposta dos deputados
Bacelar e Lídice da Mata propõem a “substituição revogatória dos itinerários formativos – que resultam em caos nas redes públicas – pela retomada conceitual e técnica das áreas de conhecimento, mais afeitas à formação de nossos professores e à demanda das e dos estudantes”.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Lídice da Mata discursa na tribuna do Plenário
Lídice da Mata acredita que novo ensino médio aprofunda desigualdades

Leia Também:  Comissão aprova benefícios fiscais para produtos com tecnologia de reconhecimento visual

Assim, pelo texto, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) referente ao ensino médio será organizada por área do conhecimento e incluirá obrigatoriamente o estudo da língua portuguesa, matemática, história, geografia, estudos e práticas de educação física, arte, física, química, biologia, sociologia e filosofia.

Além disso, os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente o espanhol.

A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser inferior a 1.800 do total da carga horária do ensino médio.

Além da BNCC, o currículo do ensino médio será composto por uma parte diversificada, que deverá ser organizado por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino.

O ensino médio poderá ser articulado ainda com a educação profissional técnica de nível médio.

Pela proposta, os sistemas de ensino, em regime de colaboração, definirão o cronograma de implementação dessas ações. O Poder Executivo, no prazo de um ano, regulamentará as medidas.

Leia Também:  Ministro das Cidades defende decretos sobre saneamento editados por Lula

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Educação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Rodrigo Bittar

Fonte: Câmara dos Deputados

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Comissão aprova benefícios fiscais para produtos com tecnologia de reconhecimento visual

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  Comissão está reunida para leitura de relatório sobre PEC do piso salarial da enfermagem; acompanhe

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA